Conheça Hachiko, cachorro que tem sua história contada em filme
“Hachiko – Para sempre” mostra relação fiel entre um cachorro e seu tutor, que são populares no Japão, e estreia nesta quinta-feira
Aqueles que gostam de filmes que contam histórias de amor entre um cachorro e seu tutor vão apreciar o filme que estreia nos cinemas brasileiros esta semana: “Hachiko – Para sempre”. Com direção de Ang Xu, que assina o roteiro com Liangwen Li e Lin Li, o filme traz uma trama até já conhecida. Mas mesmo aqueles que já assistiram a “Hachiko Monogatari” (1987) e a versão americana “Sempre ao seu lado” (2009), com Richard Gere, podem preparar os lenços, porque o final é digno de soluçar de tanto chorar.
A história é, de fato, conhecida, sobretudo a partir da popularização dela com os filmes já feitos e que tiveram boa circulação. Mas, dessa vez, o roteiro traz um outro sentido, a partir da adaptação do primeiro filme feito, que deixa tudo ainda mais emocionante. “Hachiko – Para sempre” conta uma história real e que aconteceu em Tóquio, no Japão, em 1924: o envolvimento eterno (mesmo) entre o renomado professor Hidesaburo Ueno e o cachorro da raça Akita Inu, Hachiko.
Conta-se que Hachiko nasceu em 1923 em uma cidade na província de Akita. Ele, no entanto, ainda filhote, acabou se perdendo da fazenda onde morava, o que fez com que seu caminho se cruzasse com o do professor. Apaixonado por cachorro, Ueno não resistiu e levou o cãozinho, que nomeou Hachiko, para morar com ele e sua família em Tóquio, apesar do contragosto de sua esposa. O professor, principalmente, cria um forte laço com o cachorro, que passa a mudar, inclusive, a rotina de todos ali. Hachiko se torna o centro das atenções do professor, que não mede esforços para ver o cãozinho feliz.
Assista ao trailer de “Hachiko – Para sempre”
O tempo vai passando e Hachiko vai crescendo. Ueno, todos os dias, precisa ir à estação de Shibuya, em Tóquio, para trabalhar. E Hachiko o acompanha fielmente: na ida e na volta. Sabe o caminho de cor e se mantém à espera de seu tutor. Ele, no entanto, morre, em decorrência de um acidente vascular cerebral. Sem entender o que aconteceu, o cachorro continua indo, diariamente, à procura do professor na estação. Isso acontece por cerca de dez anos, fielmente.
Esse ato de Hachiko ficou conhecido na cultura japonesa como uma atitude de lealdade. E é por isso que virou filme. Mas não só: hoje em dia, quem passa pela estação de Shibuya, encontra a estátua do cachorro, que ganha até celebrações em datas que referenciam essa história. Hachiko morreu em 1935, aos 10 anos, próximo à estação onde encontrava seu tutor. E ele foi enterrado ao lado de seu amigo fiel.
“Hachiko – Para sempre”, que tem distribuição nacional da Paris Filmes, faz algumas adaptações, como alguns nomes e situações. Mas toda a história está ali. Com esse final, inclusive, é difícil não se emocionar.
Sessão adaptada de “Meu malvado favorito 4”
O filme “Meu malvado favorito 4” segue fazendo sucesso no cinema. E, neste sábado (20), o longa de animação integra a programação do Cine+Azul, promovida pelo Cinemais, no Shopping Jardim Norte. A sessão, às 14h, é preparada e adaptada para receber pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O som é mais baixo e a iluminação é especial durante todo a duração do filme, assim como a temperatura da sala de cinema é mais amena. Além disso, o público tem mais liberdade para transitar entre a sala e se divertir como quiser.