‘Evidências do amor’ estreia nesta quinta

Filme estrelado por Sandy e Fábio Porchat é inspirado no hit dos karaokês, “Evidências”


Por Cecília Itaborahy

11/04/2024 às 06h00

Evidências
Sandy e Fábio Porchat contracenam pela primeira vez nesta comédia romântica (Foto: Warner Bros Discovery Inc/ Divulgação)

Estreia nos cinemas brasileiros, nesta quinta-feira (11), o filme “Evidências do amor“. Dirigido por Pedro Antônio, traz como protagonistas Sandy e Fábio Porchat, que também assina o roteiro junto com o diretor, Álvaro Campos e Luanna Guimarães. Trata-se de uma coprodução da Warner e da Framboesa Filmes que promete reviravoltas inesperadas, quando se pensa na letra da música “Evidências”, de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, imortalizada por Chitãozinho e Xororó, que acompanha toda a história.

A trama traz como personagens Laura (Sandy) e Marco Antônio (Porchat). Eles se conheceram, exatamente, cantando “Evidências” no karaokê – uma situação tão típica no Brasil, já que é uma das mais cantadas, a plenos pulmões, pelos cantores amadores (e profissionais também). O casal, na história, vive altos e baixos que colocam à prova o relacionamento. Até que, prestes a subir no altar, Laura diz que não quer mais se casar com Marco Antônio.

Depois do término, nessa fase de recompor a vida, Marco Antônio percebe que uma coisa inusitada acontece com ele: toda vez que escuta “Evidências”, volta a situações do passado, mais especificamente em momentos de discussões com Laura. São lembranças indesejadas que rondam a cabeça dele, que inicia uma jornada com o intuito de superar sua ex e se livrar dessa maldição: a música nunca mais foi a mesma. Ele tenta ainda recuperar o amor de Laura: o caminho possível encontrado para reverter tudo isso. “Mas pra que viver fingindo/ Se eu não posso enganar meu coração?/ Eu sei que te amo!”, já sugere a música.

No entanto, o que pode parecer óbvio se apresentou como um exercício para os roteiristas. Eles queriam, de fato, surpreender o espectador que acha que a trama é literal à canção. Spoiler: não é. E, para isso, eles se utilizam de várias técnicas cinematográficas ainda pouco usadas no Brasil para, realmente, prender: além das viagens no tempo ao som de “Evidências”, o filme usa do realismo fantástico e abusa de jogos de câmera e troca de lentes.

Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor disse que “Evidências do amor” é “bem fora da caixa para um blockbuster brasileiro”, e, por isso, entra nessa de surpreender. É uma comédia romântica, sim, mas com outros sabores que foram usados como recurso na trama. E é por isso a comoção em torno do seu lançamento.

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Fábio Porchat, além de estrelar “Evidências do amor”, assina o roteiro (Foto: Warner Bros Discovery Inc/ Divulgação)

Química do casal

Claro que tem cenas com “Evidências”, mas tem outras situações hilárias, como Porchat nu. É a primeira vez que ele e Sandy contracenam, e o filme tem vários momentos que exigem intimidade. Sandy, por exemplo, não atuava há 10 anos. E, ao Fantástico, disse que, na hora, relaxou e conseguiu atuar. Mas, nas semanas anteriores, nem dormiu pensando no filme. Mas a química, realmente, foi instaurada já nos primeiros ensaios, e o filme é a comprovação disso. Ao portal Terra, ela disse ainda que não teve teste para o filme. Então tudo isso foi por pura “sorte”.

Eles ainda contaram, por exemplo, que, quando Porchat aparece nu, o riso de Sandy foi espontâneo e entrou no resultado final. Ela ainda confessou que fazer uma comédia poderia ser um desafio grande. Ao passo que Porchat, como disse ao Globo, respondeu que era para deixar a comédia com ele e Evelyn Castro, que também participa de “Evidências do amor”, e focar na fofura. “Quando a câmera vai na direção dela, parece que a gente está mordendo um brownie quente”, disse ao jornal.

Escolha de “Evidências”

É sobretudo interessante ver Sandy atuando em um filme que traz como tema a música imortalizada na voz de seu pai. Ao Fantástico, inclusive, ela disse que ele adorou a ideia e “ficou feliz da vida”. E usar essa música foi ideia que surgiu depois mesmo da proposta do filme. Pedro Antônio, disse para o jornal O Globo que seu desejo era fazer um filme em que a música “fosse a protagonista”, como acontece em muitos relacionamentos. Ele queria que se tratasse de um homem apaixonada, cujo relacionamento acaba e ele não entende o motivo, “e a música fica trazendo as memórias para ele revisitar os equívocos dele”.

Ele segue dizendo que partiu, então, em busca da música ideal para essa história: uma que “fosse muito romântica, muito brasileira, muita conhecida por todo mundo”. Quando lembraram de “Evidências”, pensaram: “Se não for essa, não vai ser nenhuma outra música”. No final das contas, “Evidências do amor” é uma maneira de dar vida à música, que embala tantos momentos, de uma outra maneira, com nomes e sobrenomes e trajetória. E, claro, ficar com o refrão na cabeça por tempos.

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