‘Olhos famintos: Renascimento’ estreia em JF nesta quinta
Criatura Creeper ressurge no longa, que dá continuidade à franquia lançada em 2001

A cada 23 anos, a lenda urbana The Creeper ressurge. O personagem foi apresentado ao público em 2001, com o filme “Olhos Famintos”. Ele ganhou uma continuação em dois outros filmes: “Olhos famintos 2” (2003), e “Olhos famintos 3” (2017) – esse último ainda sofreu boicote por conter cenas que fazem pouco caso de abuso sexual infantil, sobretudo levando em conta o passado do diretor, Victor Salva, responsável pela trilogia, que já foi condenado exatamente por abusar de uma criança.
Anos depois, The Creeper reaparece, no filme “Olhos famintos: Renascimento”, estreia da semana dos cinemas de Juiz de Fora. Agora, um novo diretor assume a franquia, o finlandês Timo Vuorensola, em uma tentativa de apagamento desse passado obscuro um tanto marcado pelas histórias de Salva. Uma nova trilogia, então, começa a ser apresentada.
“Olhos famintos: Renascimento” foi gravado em segredo durante a pandemia. Dirigido por Vuorensola, que também fez o filme “Deu a louca nos Nazis”, o longa foi escrito por Sean Michael Argo, de “Iconoclast” (2012).
O filme começa fazendo uma reconstituição de uma das cenas do primeiro filme da franquia. Mas, ao invés do casal de universitários original, formado por Justin Long e Gina Phillips, eles inserem um casal de idosos, interpretados por Gary Graham e Dee Wallace. A cena é, na verdade, uma dramatização para um documentário no YouTube. O que mostra que os três filmes já conhecidos são apenas filmes.
O plano de fundo da trama é a ida do casal Chase (Imran Adams) e Laine (Sydney Craven) ao festival Horror Hound, em sua primeira edição em Louisiana. Centenas de cosplay apaixonados no gênero se encontram no evento (que, inclusive, acontece de verdade). Laine não é lá grande fã de horror, mas aceita ir para acompanhar o namorado.
Na medida em que o casal vai chegando à cidade, ainda na estrada, Laine começa a ter visões perturbadoras e algumas premonições – tudo associado ao passado de Louisiana e, principalmente, ao Creeper: a lenda rural da cidade. Ela, algumas vezes, se vê como parte de um ritual, sendo observada pelas pessoas. E, já dentro do festival, as visões aumentam. Na medida em que a trama continua, dá para entender que todos os desafios servem de alimento a Creeper.
O casal, então, é convidado a participar de um Escape Room na Barnabett House, em que Creeper fica escondido enquanto come lanches. Laine acaba sendo capturada pela criatura e presa em uma mesa. Mas ela faz de tudo para escapar e se juntar ao namorado a outros cosplay também escolhidos para passar por esse perrengue. Essa fuga pode ser considerada o ponto alto da adrenalina.
“Olhos famintos: Renascimento” dá continuidade a alguns elementos da trilogia. No entanto, insere outros tantos, também na intenção de distanciar o diretor das outras obras. Nesse longa, por exemplo, a novidade é que Creeper precisa da ajuda de outros humanos para conseguir comida, e ele vaga em busca de um corpo para renascer definitivamente.