Humor inocente


Por MÁRCIO CORINO

04/10/2012 às 07h00

Famoso por interpretar personagens como Sacristão Batista, Carlos Suely e Malandro Esperto, ao lado de Chico Anysio e Jô Soares, Eliezer Motta traz a Juiz de Fora seu novo espetáculo Sem apelação, com direção do próprio comediante. O humorista iniciou sua carreira solo em 1990, quando estreou o show Agora é a minha vez, em que abandonava seus personagens de sucesso na televisão e investia em textos próprios. O espetáculo que Eliezer apresenta por aqui é repleto de sátiras ao mundo do showbiz, sempre com um tom exagerado, mas sem deixar de fora os personagens que marcaram a carreira do ator. Nesse trabalho, tem o policial Taborda, que eu criei para a TV, e cuja inspiração veio do período em que trabalhei como policial civil. Tem também o Batista, um personagem que nunca pode faltar em meus shows, explica.

Eliezer entrou para a TV Globo logo que a emissora foi inaugurada, atendendo a um convite do amigo Maurício Sherman, que era diretor na emissora. Comecei com a Globo, quando conheci o Maurício. Foi ele quem me deu a primeira oportunidade. Digo sempre que foi ele quem me inventou como comediante, conta.

O momento atual do humor brasileiro é alvo de duras críticas do humorista, que considera muito superficiais os espetáculos de stand-up comedy. Não faço humor apelativo. Não é preciso humilhar ou ofender alguém para fazer rir, e é isso que eu tenho visto nessa nova geração de comediantes.

Após a chegada de Jô Soares à emissora de Roberto Marinho, sua carreira decolou, e seus personagens ganharam destaque. Foi uma parceria de 19 anos que resultou em mais de 30 personagens diferentes, lembra. Eliezer acompanhou Jô em sua passagem pelo SBT, quando o apresentador comandava o programa Veja o Gordo, e a parceria durou até o momento em que Jô passou a se dedicar aos talk shows. Foi quando voltei para a Globo, para trabalhar com Chico Anysio na ‘Escolinha do Professor Raimundo’. O Chico era um comediante incrível. Na ‘Escolinha’, era quase tudo improvisado. A gente seguia o texto, mas não tinha uma gravação em que ele não incentivasse nossas improvisações, lembra. Eliezer ainda trabalhou com Renato Aragão na Turma do Didi e compôs o elenco do Zorra total.

SEM APELAÇÃO

Nesta quinta, às 20h30

Teatro Pró-Música

(Av. Barão do Rio Branco, 2.329 – Centro)

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