Diversidade de vozes e ritmos no Maquinaria

Nesta sexta-feira (3), o Maquinaria recebe dois shows, a partir das 21h. Primeiro, Laura Jannuzzi e Renato da Lapa apresentam composições de forma intimista, no formato vozes e violões. Em seguida, é a vez de Bemti chegar ao espaço com sua viola caipira, apresentando as canções de seus dois álbuns de estúdio, “Era dois” (2018) e “Logo ali”. Os ingressos podem ser adquiridos na porta da casa, no dia do evento, ou no Sympla.

Bemti, que é um nome artístico derivado do pássaro bem-te-vi, é da Serra da Saudade, de Minas Gerais. Seu primeiro contato com a música veio através das Folias de Reis, ainda tão presentes nos interiores. Já a viola caipira chegou pelos seus avós e se fortaleceu quando realizava seu trabalho de conclusão de curso na faculdade de Audiovisual da Universidade de São Paulo (USP). Para o trabalho, desenvolveu um curta-metragem, “Ele me chamava de Rosa”, que, a partir desse seu contato com o instrumento, foi fundamental para desenvolver seu repertório autoral.

Seu primeiro trabalho, “Era dois”, começou a ser desenvolvido quando Bemti ainda integrava o grupo Falso Coral. Ele foi gravado em 2017 durante o Festival Bananada, e já apresentava essa mescla de ritmos que é um caminho que Bemti ainda percorre: a música caipira com o pop, o indie e a MPB, abordando, de forma constante, temas sobre a comunidade LGBTQIAPN+. Já na pandemia, em 2020, o trabalho ganhou uma nova versão estendida, com o nome de “Era dois (20,20)”.

Em 2021, chegou “Logo ali”, realizado através de um fomento do Natura Musical, e eleito um dos Melhores Discos de 2021, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). O álbum conta com participações de Fernanda Takai, Jaloo, Josyara e ÀVUÀ. Para divulgar seu trabalho, já participou de diversos festivais no Brasil, além de ter se apresentado na Europa e em outros países da América Latina. Para comemorar os dois anos do lançamento, Bemti lançou, recentemente, o último clipe do álbum, da música “Livramento”, que foi filmado na Serra da Canastra. Além disso, foi lançado, no último mês, uma versão instrumental do disco nas plataformas digitais.

Laura Jannuzzi e Renato da Lapa desenvolveram uma amizade musical a partir do Encontro de Compositores, evento que tem como proposta a divulgação e o fortalecimento da música independente de Juiz de Fora. Na apresentação desta sexta, eles apresentam suas composições, algumas delas, inclusive, fruto do Encontro, além de outros projetos de que participaram nesse tempo.

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