Filme produzido em Cataguases está no top 10 mais assistidos da Netflix
Antes de ser disponibilizado na plataforma de streaming, o filme ‘Predestinado’ também foi exibido em 600 salas de cinema
Um filme rodado em Cataguases e que é a maior produção cinematográfica realizada pelo Polo Audiovisual da Zona da Mata chegou ao top 10 mais assistidos da Netflix Brasil. O longa “Predestinado”, que conta a história de Arigó, um dos médiuns mais conhecidos do Brasil, chegou a ocupar a nona posição nesta quarta-feira (3). Antes de ser disponibilizado na plataforma de streaming, a obra também foi exibida em 600 salas de cinema em todo o país.
Com a direção de Gustavo Fernández e produção de Roberto D’Ávila, o filme teve cenas rodadas em Cataguases e Rio Novo, que serviram como representações de Congonhas e Belo Horizonte, respectivamente. As filmagens foram iniciadas ainda em 2018, tendo Danton Mello e Juliana Paes nos papéis principais.
A produção contou com 130 profissionais na área de produção, 60 atores e cerca de 1.200 figurantes, que eram das regiões filmadas.
Esse é o único longa brasileiro entre os mais assistidos no momento. A lista é liderada por “O salário do medo”, uma produção francesa, e “Alma de caçador”, que é sul-africano.
História de ‘Predestinado’
“Predestinado” é uma cinebiografia que busca contar a história de Arigó, 51 anos depois de sua morte. Ele ficou conhecido no Brasil por, através do espírito de Dr. Fritz, conseguir tratar milhões de pessoas através de “cirurgias espirituais”. Esse médico era um alemão que morreu durante a primeira Guerra Mundial, e que curou diversos pacientes em seu tempo de vida.
A mediunidade de Arigó começou a aflorar por volta dos anos 1950, e desde que ele começou a se tornar popular também foi perseguido por muitos. Na época, o espiritismo não era uma religião tão conhecida no país. Ao longo da vida, Arigó foi preso por curandeirismo e até estudado por pesquisadores da Nasa, que vieram até Minas Gerais para tentar entender o seu dom.
Este é também o primeiro filme que conta com a direção de Gustavo Fernández, um dos responsáveis por “Pantanal”. No longa, Juliana Paes também assume um papel importante, como Arlete, a mulher do médium, com quem ele teve sete filhos.