Onze pessoas são presas em operação da PF contra a exploração sexual infantil
Além de Juiz de Fora, outras oito cidades mineiras foram alvo da segunda fase da operação Saint Nicolas II
Onze pessoas foram presas durante a operação Saint Nicolas II, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (31), para combater a exploração sexual infantil na internet em pelo menos nove cidades mineiras. Os policiais saíram às ruas para cumprirem 14 mandados de prisão, expedidos pela 35ª Vara Federal de Belo Horizonte. Dois dos alvos estavam em Juiz de Fora, onde não foram realizadas prisões em flagrante.
De acordo com balanço divulgado pela PF, quatro pessoas foram presas na grande Belo Horizonte, sendo três delas em flagrante e uma por meio de mandado de prisão temporária. Mais dois suspeitos foram detidos em Ipatinga. Também houve capturas nas cidades de Paracatu, Patos de Minas, Uberaba, Governador Valadares e Montes Claros, além de buscas em Divinópolis.
Cerca de 80 policiais federais foram mobilizados. De acordo com a PF, as investigações tiveram início com a utilização de ferramentas e técnicas investigativas para a coleta de informações na internet e identificação de usuários que compartilham ou comercializam esse tipo de conteúdo de maneira frequente. Dessa forma, a ação buscou reprimir o consumo e o compartilhamento de arquivos de imagem e vídeo com cenas de abuso infantil em todo o Estado de Minas Gerais.
Os 11 presos na operação foram encaminhados para o sistema prisional. Eles devem responder pela divulgação de arquivos que contenham cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente e pelo armazenamento desse tipo de conteúdo. Os crimes estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que podem chegar a dez anos de reclusão e multa.
Operação Saint Nicolas
A fase inicial da Operação Saint Nicolas aconteceu em julho do ano passado. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu 36 mandados de busca e apreensão nas cidades de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia, Mariana, Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Divinópolis e Governador Valadares. Os alvos foram acusados de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
Segundo a PF, 160 policiais participaram da ação, que também teve início após a coleta de informações na internet de pessoas envolvidas com o compartilhamento e a comercialização de conteúdo ilegal.