Operação prende suspeitos de homicídio na Zona Norte de Juiz de Fora

Objetivo de ação das polícias Civil e Militar é desarticular gangue envolvida em assassinatos e tráfico de drogas na região


Por Leticya Bernadete

30/03/2023 às 18h34

Dois jovens, de 19 anos, foram presos, e dois adolescentes, de 17, apreendidos, na manhã desta quinta-feira (30), por suspeita de envolvimento em um homicídio que vitimou um jovem de 20 anos no dia 14 de fevereiro, no Bairro Jóquei Clube II, Zona Norte de Juiz de Fora. As prisões e as apreensões ocorreram dentro da operação ‘Anúbis’, deflagrada pela Polícia Civil, por meio do Grupo de Resposta Rápida (GRR), em conjunto com a Polícia Militar. O objetivo da ação foi desarticular uma gangue envolvida em homicídios e tráfico de drogas na região.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão e apreensão nos bairros Jóquei Clube II e Parque das Torres, focos de constantes confrontos entre grupos criminosos. Durante a operação, foram apreendidos dois revólveres de calibres 38 e 32, 55 munições de calibres diversos, 105 pinos de cocaína, 11 buchas de maconha e um cigarro da mesma substância e 61 pedras de crack. Ainda foram apreendidos cinco celulares, dois coldres, um rádio HT, uma balança de precisão e R$ 794 em dinheiro.

Homicídio

De acordo com o delegado da Polícia Civil Samuel Neri, o homicídio que resultou na deflagração da operação ocorreu em 14 de fevereiro, quando um jovem de 20 anos morreu após ter sido alvo de disparos de arma de fogo na Avenida Antônio Weitzel, no Bairro Jóquei Clube II. O crime estaria relacionado ao tráfico de drogas por conta de uma dívida e também por briga de bairros rivais.

Na ocasião, um jovem de 19 anos foi identificado como suspeito de autoria do crime pela Polícia Militar e foi preso em flagrante. Ele permanece preso desde então. Ainda conforme o delegado, as investigações levaram aos demais suspeitos de envolvimento no homicídio, que seriam dois jovens, também de 19 anos, e dois adolescentes de 17 anos. Segundo a Polícia Civil, todos os investigados já possuem passagem anterior pela polícia. Entre os crimes precedentes dos quais são suspeitos, estão tráfico de drogas, porte ilegal de arma e homicídio.

“Tirando esses indivíduos agora de circulação, esperamos que a situação se acalme por conta dessa guerra que está acontecendo ali nas proximidades. Isso vai garantir mais segurança à sociedade como um todo”, explica Neri. “Quando fazemos uma operação, seja por tráfico, seja por homicídio, acabamos batendo, por uma via transversa, os dois crimes que têm dado mais repercussão na cidade.”

Conforme o comandante do 27° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Marcelo Monteiro de Castro, os alvos da operação “impõem medo” na região por meio de agressões e utilização de armas de fogo. Dessa forma, as prisões e as retiradas das armas de circulação, acredita, podem evitar novas ocorrências. “Hoje nós conseguimos desarticular uma gangue que estava envolvida nos crimes de homicídio no Jóquei Clube. Então, ao mesmo tempo conseguimos frear o tráfico de drogas, o crime de homicídio e até mesmo o crime de roubo.”

O tenente-coronel destacou, ainda, a contribuição da população por meio de denúncias feitas pelo 181, serviço voltado ao recebimento de informações sobre crimes que possam auxiliar o trabalho policial. “Algumas informações vieram para nós através do 181. O 181, hoje, é uma ferramenta que temos à disposição e que permite que a sociedade faça uma denúncia anônima.”

Operação ‘Anúbis’

O nome da operação faz referência ao Deus do Egito Anúbis, protetor dos mortos. A ação contou com a participação de 72 policiais militares e 26 policiais civis em 28 viaturas. O Pégasus também foi mobilizado para auxiliar na operação.

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