Governo do Estado nega subnotificaĆ§Ć£o em Minas
SecretĆ”rio de SaĆŗde afirma estar aumentando a capacidade operacional, Ć medida em que a doenƧa avanƧa
Em entrevista coletiva Ć imprensa, realizada por transmissĆ£o on-line nesta segunda-feira (30), para informar a situaĆ§Ć£o do coronavĆrus (Covid-19) em Minas, o secretĆ”rio estadual de SaĆŗde, Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva, afirmou que o Governo acredita que nĆ£o hĆ” subnotificaĆ§Ć£o significativa do nĆŗmero de notificaƧƵes de coronavĆrus (Covid-19) no estado. Isso porque, segundo o titular, a Secretaria de Estado de SaĆŗde (SES-MG) tem aumentado a capacidade operacional, Ć medida em que a doenƧa avanƧa em Minas. AlĆ©m disso, Carlos Eduardo Amaral explicou que a SES acompanha as notificaƧƵes por meio de trĆŖs nĆveis de suspeiĆ§Ć£o. Segundo ele, hĆ” uma tendĆŖncia em aumentar, cada vez mais, a āsensibilidadeā da Covid-19, tomando como base as notificaƧƵes feitas pelos municĆpios. āEstimulamos que todo profissional de saĆŗde que atenda um possĆvel caso, com quadro gripal, notifique para a SES. E isso significa que estaremos misturando quadro gripais (coronavĆrus, Influenza, H1N1), entĆ£o teremos diferentes doenƧas sendo notificadas. Ou seja, nem tudo que estĆ” sendo notificado serĆ” caso de coronavĆrus. O objetivo Ć© sermos muito sensĆveis, estar olhando o estado como um todo. Isso facilita identificarmos se estĆ” havendo mudanƧa em alguma regiĆ£o do estadoā, explicou.
Ainda conforme o secretĆ”rio, o segundo nĆvel de avaliaĆ§Ć£o do Estado Ć© por meio da confirmaĆ§Ć£o diagnĆ³stica, ou seja, atravĆ©s do exames – que podem ser realizados pela FundaĆ§Ć£o Ezequial Dias (Funed) ou por laboratĆ³rios particulares nas cidades mineiras. Carlos Amaral pontuou que, a partir do momento em que foi considerada transmissĆ£o comunitĆ”ria em Minas – quando hĆ” incapacidade de relacionar casos confirmados atravĆ©s de cadeias de transmissĆ£o para um grande nĆŗmero de casos -, e houve necessidade de se ampliar o nĆŗmero de testes realizados pelo Estado, tĆŖm sido priorizados, para a realizaĆ§Ć£o dos testes, casos de mortes, quadros de pessoas privadas de liberdade e asiladas e de profissionais de saĆŗde e da seguranƧa pĆŗblica.
Por fim, conforme o titular da pasta estadual, uma das prioridades da SES Ć© āevitar, a todo custo, a sobrecarga da rede de saĆŗde em todo estadoā. Para tanto, o Governo tem acompanhado, diariamente, a movimentaĆ§Ć£o na rede, o nĆŗmero e as motivaƧƵes para internaƧƵes. Nesse sentido, Carlos Eduardo Amaral argumentou que o Estado tem conseguido mapear as notificaƧƵes da doenƧa, mesmo que com certo atraso para a divulgaĆ§Ć£o dos nĆŗmeros. āNĆ£o estamos notando um aumento de casos que seja significativo a ponto de entendermos que o Estado nĆ£o estĆ” notificando os casos de coronavĆrus. Todos os esforƧos que estamos tendo estĆ£o alinhados para que nĆ£o tenhamos a sobrecarga. E ainda nĆ£o identificamos isso. O padrĆ£o de atendimento estĆ” razoĆ”vel e nĆ³s entendemos que nĆ£o estĆ” havendo subnotificaĆ§Ć£oā, defendeu.
Primeiro Ć³bito em Minas Gerais
ApĆ³s a confirmaĆ§Ć£o do primeiro Ć³bito em decorrĆŖncia da Covid-19 em Minas Gerais, divulgada pelo Estado nesta segunda, o titular da SES informou, durante a transmissĆ£o on-line, que todas as aƧƵes que o Governo do Estado jĆ” tem tomado visam a reduzir o nĆŗmero de Ć³bitos causados pela doenƧa. Apesar disso, ele afirmou que casos de mortes fazem partes de quadros pandĆŖmicos e que, portanto, o Estado jĆ” esperava registrar Ć³bitos.
No entanto, as estratĆ©gias que tĆŖm sido tomadas pela SES estĆ£o dentro do plano de contingĆŖncia. “NĆ³s jĆ” estĆ”vamos realizando esforƧos, orientando o isolamento social e demais condutas. Portanto, esse Ć³bito nĆ£o trarĆ” mudanƧas objetivas na conduta da SES”. Conforme dados epidemiolĆ³gicos, a vĆtima fatal era idosa, tinha 82 anos, era moradora da capital Belo Horizonte e apresentava histĆ³rico de comorbidades. HĆ”, ainda, 23 Ć³bitos em investigaĆ§Ć£o pelo Estado.
TambĆ©m participaram da transmissĆ£o on-line o secretĆ”rio adjunto de SaĆŗde, Luiz Marcelo Cabral Tavares, e o subsecretĆ”rio de vigilĆ¢ncia em SaĆŗde, Dario Brock Ramalho. Sobre o possĆvel uso do medicamento cloroquina pelo Estado no tratamento da Covid-19, Brock Ramalho foi cauteloso. “NĆ£o se trata de nenhuma panaceia, Ć© um medicamento com informaƧƵes a respeito do seu uso ainda muito restritas. Foram em poucos casos que (a cloroquina) aparentou ter benefĆcios. Portanto, Ć© necessĆ”rio contrapor isso aos efeitos colaterais. NĆ£o deve ser utilizado de maneira leviana. O MinistĆ©rio da SaĆŗde protocolou seu uso em pacientes graves, estamos para receber uma remessa em Minas, mas serĆ£o distribuĆdas para uso em pacientes crĆticos, preferencialmente em pesquisas clĆnicas que possam apurar a eficĆ”cia desta terapia.”