Mandante de morte de casal de jovens vai a júri popular
O executor do crime foi julgado e condenado em novembro do ano passado. Caio e Luisa foram mortos em 2017
Vai a júri popular nesta terça-feira (29), a partir das 9h, o homem acusado de ser o mandante do assassinato do casal Luísa Lima Machado, 22, e Caio Sérgio Gomes Marques, 24, mortos a tiros em julho de 2017. Em novembro passado, já havia sido julgado o executor do crime, Higor Paulo da Silva, que foi condenado a 36 anos de prisão. Porém, na ocasião o suspeito de armar uma emboscada para os jovens estava internado em uma clínica psiquiátrica.
Na época, foi pedido um exame de sanidade mental para o suspeito. A Tribuna ainda não teve acesso ao resultado. O julgamento acontece no Fórum Benajmin Colucci, e será presidido pelo juiz Paulo Tristão, que escuta o depoimento de testemunhas e do réu, que já está preso.
A motivação para o crime seria uma dívida de drogas do mandante e também uma forma de ele acabar com a concorrência na venda do entorpecente, já que Caio comercializaria haxixe (entorpecente produzido com folhas da cannabis sativa), segundo a sentença de novembro do ano passado.
A sentença assinala ainda que o plano do homem que será julgado nesta terça-feira consistia em encomendar de Caio cerca de 200 gramas de haxixe, que tem alto valor no mercado. Na época, estimava-se que cada grama da droga fosse comercializada entre R$ 60 e R$ 150.
Conforme as investigações da Polícia Civil, o réu teria contratado Higor para matar Caio, além de roubar sua droga, que depois seria vendida. Com o lucro, o mandante pagaria dívidas de drogas. A emboscada foi montada no dia 2 de julho de 2017, por volta das 20h, quando o casal estava em um carro na Rua Haroldo Furtado Vidal, Bairro Previdenciários, Zona Sul.
No local combinado, Higor se posicionou na parte de trás da caminhonete de Caio, efetuou os tiros nas cabeças das vítimas, que morreram no veículo. Ele usou uma pistola calibre 45, de uso restrito.