Centro de Juiz de Fora amanhece movimentado, apesar da onda vermelha
Embora com restrições para funcionamento de vários setores, muitos juiz-foranos foram às ruas nesta segunda-feira
Apesar do fechamento de grande parte do comércio, em razão do início da restrições impostas pela onda vermelha, as ruas centrais da cidade, como Halfeld e Marechal Deodoro, apresentavam grande fluxo de pessoas na manhã desta segunda-feira (28). Apesar de os estabelecimentos comerciais estarem fechados, muitas pessoas formavam filas para atendimento em bancos. A resolução que reclassifica Juiz de Fora no programa Minas Consciente, para a faixa mais restritiva do protocolo, prevê o funcionamento apenas de serviços considerados essenciais.
Na manhã desta segunda, a reportagem também flagrou pessoas realizando consumo interno em lanchonetes nas ruas centrais. Apesar desses estabelecimentos, juntamente com padarias, bares e restaurantes, terem o funcionamento permitido, o consumo dentro destes locais está proibido. Além disso, a Tribuna também identificou vendedores ambulantes na área central e algumas redes varejistas abertas.
Por outro lado, não há restrições para serviços de entrega, seja na modalidade de entrega em domicílio (delivery), ou para entregas na porta do estabelecimento (drive through). A resolução também reforça que fica proibido o consumo de bebidas alcoólicas dentro de estabelecimentos privados e em áreas públicas do município.
Entre os estabelecimentos que funcionavam na cidade nesta segunda estavam óticas e lojas de operadoras de celulares, atividades permitidas pelo programa Minas Consciente, do Governo de Minas.
No início da tarde, também era grande o número de pessoas que aguardavam em pontos de ônibus a chegada do coletivo. Assim como em demais dias, muitos passageiros se aglomeravam nas entradas dos veículos e não formavam filas, desrespeitando a orientação de distanciamento social. O uso incorreto da máscara por diversas pessoas também foi flagrante.
PJF interditará estabelecimentos em caso de descumprimento
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informou que está notificando todos os empreendimentos que estão abertos irregularmente. Conforme a Administração, caso a determinação de fechamento não seja atendida, esses estabelecimentos serão interditados.
Para efetivar as medidas adotadas com a regressão da cidade à onda vermelha, o Poder Público também informou que o Corpo de Bombeiros e as polícias Militar e Civil atuarão junto à PJF em rondas de fiscalização e demais intervenções. Por parte da Administração municipal, para estas ações, serão empenhados fiscais de posturas, guardas municipais, agentes de transporte e trânsito, além das forças de segurança, para trabalho imediato na região central.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), não houve interdição ou notificação de estabelecimentos durante o fim de semana. Para os próximos dias, outras ações de fiscalização devem ser definidas. Como destacado pela pasta, denúncias sobre descumprimento das medidas de combate à Covid-19 podem ser feitas pelo telefone 153, da Guarda Municipal, que funciona 24 horas.
Novas restrições
A resolução que reclassifica Juiz de Fora na onda vermelha do Programa Minas Consciente foi publicada pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) na última quinta-feira (24). A princípio, as medidas devem valer até 7 de janeiro. O novo texto reforça que, nesse período, só poderão funcionar os serviços essenciais, como supermercados, farmácias, bancos, funerárias e lotéricas. Outros empreendimentos que podem continuar a funcionar sem restrições são os postos de combustíveis e derivados, transportadoras, armazéns, oficinas de veículos automotores e bancas de jornais.
Entre os serviços suspensos estão os prestados por salões de beleza, clínicas de estética, clubes de serviços sociais e de lazer, academias de ginástica, casas noturnas, de shows e de espetáculos de qualquer natureza.