Marcelo Juliani estreia na Rádio Transamérica nesta segunda-feira

Radialista é o novo âncora do “Tribuna Transamérica”, que passa a ser exibido das 10h às 11h


Por Elisabetta Mazocoli, estagiária sob supervisão do editor Eduardo Valente

28/08/2022 às 07h00

A partir desta segunda-feira (29), a Rádio Transamérica vai iniciar uma nova programação com o radialista Marcelo Juliani. Com mais de 25 anos de experiência em rádio, o âncora retorna para dar continuidade ao programa “Tribuna Transamérica”, no horário das 10h às 11h. A programação atende à demanda dos ouvintes, que procuravam uma programação mais cedo para se informar. O Giro Transamérica, com Cristiane Hubner, por sua vez, passa para o horário das 11h ao meio-dia – com exceção da sexta-feira, quando vai ao ar das 11h às 11h30, dando espaço logo em seguida ao esportivo “Papo de Craque”, que ocorre das 11h30 ao meio-dia.

O Tribuna Transamérica segue com os mesmos quadros que estavam no ar, apenas adiantando o horário, que antes ia do meio-dia às 13h. O radialista Marcelo Juliani é a grande novidade, e uma voz conhecida do público juiz-forano. “Eu costumo brincar que ouço rádio desde que estava na barriga da minha mãe, além de ter muitos anos de carreira. Sempre percebi que o horário nobre da rádio era pela manhã. A procura é maior, existe um público mais diversificado nesse horário”, ele diz.

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Afastado do rádio em razão da pandemia da Covid-19, Marcelo Juliano volta ao ar como o novo âncora do Tribuna Transamérica, agora das 10h às 11h (Foto: Leonardo Costa)

Marcelo precisou se afastar da rádio no começo de 2021, por estar inserido no grupo de risco na pandemia da Covid-19. Mesmo com o afastamento, continuou colaborando com a Rede Tribuna de Comunicação de outras formas, mas revela que “sentiu muita falta de estar na rádio, do contato ao vivo”. Para ele, é essencial que os radialistas estejam frente a frente com o operador, também se conectando mais diretamente com os ouvintes e podendo conversar com eles de forma improvisada.

A improvisação, de acordo com o especialista, é um dos grandes diferenciais da rádio e inclusive uma característica que permite ao radialista se aproximar mais de quem está acompanhando a notícia. Por isso, o que ele mais gosta da rádio é justamente “estar na frente do microfone e falar”. Mas para conseguir fazer isso enquanto se aprofunda nas informações transmitidas, Marcelo explica que é preciso muito estudo e conhecimento, para que na hora das entrevistas, por exemplo, o improviso seja natural e baseado no diálogo com o convidado.

Expectativa

A conexão com a rádio é tamanha, que Marcelo Juliani conta que, após se afastar, ficou um “bom tempo sem escutar rádio para não sofrer”. Agora, com o retorno, conta que seu humor mudou “da água para o vinho”, e que se sente agradecido de receber tantas ligações de ouvintes e de amigos parabenizando pelo retorno. “Isso é muito significativo, você faz história. Estou muito feliz, muito satisfeito e com um gás enorme”, diz.

Sobre esse retorno, Marcelo conta que o ouvinte pode esperar “alegria, animação e informação”. Um dos aspectos que mais valoriza na rádio é trabalhar com uma diversidade de pautas e com informação que traga esclarecimento para os ouvintes. “Vamos tratar de vários temas, como saúde, educação, política e tudo que você possa imaginar. Gosto de ter essa liberdade para abordar todos os assuntos”, diz.

Acompanhando as mudanças da rádio

Um dos grandes diferenciais desse radialista é ter acompanhado tantas mudanças da rádio. Marcelo conta que, nos 25 anos que ele tem de atividade profissional na Rede Tribuna de Comunicações, passou por quatro ou cinco grandes mudanças dentro da rádio, e que sempre tentou se adequar ao que estava se alterando mantendo a qualidade da programação. “Estava na rádio quando ocorreu a mudança de AM para FM, e também quando houve uma mudança na locução mais formal da rádio”. Ele entende que o atual período é de transição, mas que as características mais fortes da rádio devem se manter.

Marcelo percebe que, se mantivesse o tipo de locução mais formal à qual estava acostumado, por exemplo, poderia ter perdido espaço nesse meio e na conexão com os ouvintes. É por isso que ele revela que um dos aspectos essenciais da profissão é estar atento às mudanças, como tem acontecido no momento em relação aos meios digitais. Neste cenário, ele também nota que a internet tomou um espaço enorme no acesso à informação, mas isso não significa, para ele, uma perda de espaço do rádio. “O bom jornalista vai aproveitar o gancho da internet para fazer matérias melhores, realmente orientando as pessoas. Isso nenhum computador faz”, conta.

Justamente por ter visto tantas mudanças de rumo e adaptações, ele acredita que a rádio nunca vai acabar, e sim continuar se adaptando e se aperfeiçoando. “Eu era criança quando surgiu a televisão, e lembro que as pessoas falaram que o rádio ia acabar. Mas ele não acabou, pelo contrário, passou a ter mais qualidade. Cada plataforma vai continuar existindo, tendo o seu lugar”, diz.

Outras plataformas

A crença de que a rádio vai se manter, no entanto, não significa que o radialista não veja a importância de fazer uma programação cada vez mais atualizada e de acordo com os hábitos dos ouvintes. “É preciso encontrar caminhos para se manter. Estamos passando há algum tempo por uma fase de transição, que não é a primeira”, explica. Para ele, alinhado com o trabalho que a rede vem desenvolvendo, uma das principais formas de conseguir se atualizar é deixar que diversos meios conversem e se complementem, promovendo um diálogo maior entre impresso, áudio, vídeo e digital.

Nos seus anos trabalhando na Rede Tribuna de Comunicação, ele revela que sempre gostou muito de atuar nessa integração com o jornal e com todas as plataformas dele. “Um pode ajudar o outro sempre”, diz. Neste momento, ele também conta que busca trazer algumas ideias e propostas para a programação, mas estando sempre atento ao momento certo de fazer isso.

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