Força-tarefa da Polícia Federal frustra esquema de tráfico com base em Juiz de Fora
Setenta e oito policiais participam da ação em JF e nas cidades de Belo Horizonte, Esmeraldas e Ribeirão das Neves; quadrilha negociava compra de produtos químicos suficientes para a produção de duas toneladas de cocaína
Juiz de Fora é um dos alvos de uma força-tarefa contra o tráfico de drogas coordenada pela Polícia Federal. A ação acontece na manhã desta terça-feira (28) e visa ao cumprimento de três mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e 12 de busca e apreensão na cidade e nos municípios de Belo Horizonte, Esmeraldas e Ribeirão das Neves. Conforme a Polícia Federal, que conta com o apoio das polícias Militar, Civil e Penal na intitulada Operação Terceiro, Juiz de Fora seria a base operacional da organização criminosa.
De acordo com as primeiras informações, a organização criminosa era dedicada ao tráfico de drogas e precursores químicos, além de atuar em lavagem de dinheiro decorrente destes ilícitos. As investigações revelaram, segundo a Polícia Federal, que o principal alvo da ação, por meio do seu advogado, corrompeu uma equipe policial que havia flagrado um de seus laboratórios de processamento de drogas em Ribeirão das Neves. Ele teria destinado suborno superior a R$ 1,5 milhão para a soltura de um comparsa e a devolução da carga aprendida.
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Além disso, a organização teria negociado a aquisição de produtos químicos suficientes para a produção de duas toneladas de cocaína e o registro de movimentações patrimoniais e financeiras de cerca de R$ 19,3 milhões durante 10 meses.
Além das prisões e das buscas e apreensões, a Justiça determinou o sequestro de um imóvel de alto padrão, diversos veículos envolvidos na lavagem de dinheiro e do bloqueio de 20 contas bancárias.
A Operação Terceiro conta com 78 policiais, sendo 60 federais e 16 militares. O nome da ação, conforme a Polícia Federal, está relacionado ao chefe da organização criminosa, cujo significado do nome é “terceiro filho”. Os presos ficarão à disposição da justiça e responderão pelos crimes de tráfico de drogas, corrupção ativa, e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir até 37 anos de reclusão além de multa.