UFJF e Prefeitura selam acordo para construção de usina de resíduos orgânicos
Obra tem previsão para conclusão em 2027

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) assinaram contrato para a construção de uma usina que transformará resíduos orgânicos da cidade em energia e combustível. As obras acontecerão em um terreno de 16 mil metros quadrados em Benfica, Zona Norte da cidade, próximo a BR-040, e têm conclusão prevista para 2027.
O objetivo da usina é promover a sustentabilidade e reduzir o impacto ambiental, fazendo com que Juiz de Fora se torne pioneira no desenvolvimento desse tipo de projeto.
Ao todo, a usina terá capacidade para processar até cem toneladas diárias de resíduos e poderá receber materiais de grandes geradores, como shoppings, supermercados, indústrias alimentícias, estações de tratamento de esgoto e coleta seletiva da cidade. O tratamento será realizado por biodigestores, garantindo alta eficiência na conversão dos resíduos em energia e subprodutos reaproveitáveis.
A usina será capaz transformar os resíduos em três produtos essenciais: energia elétrica a partir do biogás gerado no tratamento dos resíduos orgânicos; biometano, combustível semelhante ao gás natural, que poderá abastecer a frota de ônibus municipais e outras instalações públicas; e biofertilizantes, que serão usados tanto nas áreas verdes da cidade quanto por produtores rurais da região.
O biometano gerado será suficiente para abastecer de 30 a 40 ônibus municipais. Além disso, a produção diária de oito toneladas de biofertilizantes contribuirá para reduzir a necessidade do uso de fertilizantes químicos na cidade e na região.
Investimento de R$ 40 milhões
De acordo com a PJF, a previsão é que o projeto necessite de um investimento de R$40 milhões – e, no momento, as instituições aguardam a aprovação do empréstimo pelo BNDES na Câmara Municipal.
Reforçando que a usina terá capacidade de produzir 2,19 milhões de metros cúbicos de biometano por ano e que o gás poderá abastecer grande parte da frota de veículos do executivo e/ou do transporte coletivo urbano, a estimativa é que a substituição do diesel pelo biometano gere uma economia anual de até R$ 13 milhões por ano.
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