Mulher é condenada a 23 anos de prisão por assassinato
Crime teria sido motivado por vingança, pois vítima teria se passado por advogada e causado prejuízos à família da autora
Scheila da Silva Alves foi condenada a 23 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de uma mulher no Bairro Jardim de Alá, em abril de 2020. Scheila teria agido por vingança, após a vítima se passar por advogada e causar prejuízos à sua família. Danielle Fernanda Toledo Martins, de 41 anos, foi morta com diversas facadas na região do pescoço e no rosto, prática que o Tribunal do Júri considerou como ato de crueldade.
O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (27) e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão. Na época do homicídio, a Polícia Militar teria recebido a denúncia de que uma mulher teria sido esfaqueada, e o suspeito teria fugido em seguida em um veículo. O Tribunal considerou que o assassinato ocorreu de forma “cruel, com imposição de padecimento doloroso, por (a vítima) ter sido atingida com vários golpes na região de seu pescoço”.
Foram utilizados contra Scheila depoimentos dos familiares da vítima, que afirmaram que, no dia seguinte ao homicídio, a acusada teria passado em frente à casa na qual moravam pais, irmãos e filha da vítima, comemorando a morte.
O juiz também considerou o fato de que a filha da vítima, à época com 11 anos, devido ao assassinato cruel da mãe, passa por tratamento psicológico e psiquiátrico até hoje. O comportamento da vítima, de ter causado prejuízo à família da ré, se passando por advogada, não resultou em atenuação da pena.
Scheila permaneceu presa até o momento do julgamento. Ela já possuía antecedentes criminais por envolvimento com tráfico de drogas e roubo. Em sua decisão, o juiz Tristão negou-lhe o direito a recorrer em liberdade, determinando a pena base como 20 anos de reclusão em regime inicial fechado, com agravante por reincidência de três anos, totalizando uma pena de 23 anos de reclusão.