Professores da rede privada paralisam atividades em 15 de setembro
Segundo Sinpro, mobilização se dá em resposta às dificuldades de negociação do reajuste da categoria
Professores da rede privada de ensino paralisarão totalmente as atividades, no próximo dia 15 de setembro, quando irão convocar novo encontro entre os docentes para discutirem sobre novas ações. De acordo com informações do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF), a mobilização se dá em resposta ao “descaso” dos estabelecimentos de ensino em relação à negociação da campanha salarial da categoria. A decisão pela paralisação foi unânime entre os profissionais e se deu em assembleia realizada nesta quarta-feira (24). Por sua vez, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe/Sudeste) afirma que considera equivocada a premissa do Sinpro/JF de que a paralisação ocorra devido à falta de negociação.
Segundo o Sinpro, as entidades patronais, embora tenham ciência sobre a intensa jornada de trabalho dos professores, se recusam a conceder o reajuste salarial mínimo com base na correção inflacionária, com garantia de retroatividade. “Nossa assembleia ocorreu após duas semanas de mobilização intensa. O sindicato denunciou o descaso dos estabelecimentos de ensino com os docentes, visitou os professores nos seus locais de trabalho e dialogou com estudantes e famílias. Ficou evidente que a indignação está crescente dentro de todas as instituições”, afirma a entidade.
Sinepe diz que tem propósito de negociar
À Tribuna, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe/Sudeste) informou que considera equivocada a premissa do Sinpro/JF de que a paralisação ocorra devido à falta de negociação.
Conforme o órgão, o que o Sinepe mais faz, é negociar. “Todavia, o Sindicato dos Professores se nega a ver o momento adverso vivido por todos, decorrente, dentre outros, por fatores como: evasão de alunos; pandemia, com grandes impactos na educação infantil e superior; classe média com subempregos e queda na renda média das famílias; altos índices de inadimplência e economia em desgoverno”, ressaltou.
Ainda segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares, mesmo com os problemas apontados, o “Sinepe se mantém firme no propósito de negociar, considerando, porém, estas dificuldades.”