Colégio Tiradentes é finalista do Prêmio Educador Transformador
Minas Gerais lidera ranking entre estados que mais apresentaram trabalhos inovadores
O Prêmio Educador Transformador definiu seus vencedores em Minas Gerais. Em Juiz de Fora, o Colégio Tiradentes, localizado no Bairro Santa Terezinha, é finalista na categoria Ensino Médio. O projeto “Luz, cores e reações: desvendando a fotossíntese nas plantas”, desenvolvido por 90 jovens do terceiro ano do Ensino Médio da escola, está entre os 21 ganhadores estaduais da segunda edição da condecoração.
A instituição ficou em segundo lugar na categoria, na premiação que é uma iniciativa do Sebrae – em parceria com a Bett Brasil e o Instituto Significare -, cujos objetivos são identificar, valorizar e divulgar ideias transformadoras implementadas por professores e gestores de escolas públicas ou privadas de todo o Brasil. O projeto foi desenvolvido a partir do programa de Mestrado em Biologia, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e aplicado no Colégio Tiradentes.
Foram selecionados três projetos vencedores em Minas Gerais nas categorias Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais), Ensino Fundamental (anos finais), Ensino Médio, Educação Profissional, Educação Superior e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os primeiros colocados vão representar o estado na disputa regional – que acontecerá de forma on-line entre os dias 27 de março e 3 de abril – e concorrerão com trabalhos de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O anúncio dos ganhadores na etapa final está previsto para o fim de abril, durante a 29ª edição da Bett Brasil. Os campeões em cada categoria vão participar de uma missão técnica nacional e receberão troféus e certificados.
Fotossíntese em folhas coloridas
O projeto do Colégio Tiradentes foi desenvolvido por estudantes com idades entre 16 e 18 anos e teve como responsável a professora Amanda Vitor. Ela explica que os alunos investigaram se folhas de cores diferentes, como amarelo, vermelho e roxo, também realizam fotossíntese. Por meio de método investigativo e experimentos científicos, os estudantes chegaram à conclusão de que todas as folhas analisadas, independente da cor, realizam fotossíntese e possuem clorofila, além de outros pigmentos fotossintéticos.
“Os alunos foram protagonistas de todas as fases da sequência didática investigativa, conduzindo o processo de aprendizagem de forma autônoma e participativa, e desenvolvendo habilidades de pesquisa, análise crítica e resolução de problemas. Além da conclusão científica em si, o projeto também incentivou o engajamento dos estudantes por meio de métodos práticos e investigativos, desenvolvendo neles habilidades de pensamento crítico e protagonismo”, destaca.
Minas Gerais se destaca
A segunda edição do prêmio contou com 3.460 projetos inscritos por educadores de todo o país. Do total, 400 foram de Minas Gerais, que liderou o ranking entre os estados que mais apresentaram trabalhos inovadores – na sequência, vieram São Paulo (368), Paraná (326) e Rio Grande do Sul (315). Os projetos pedagógicos tiveram formatos diversos, como atividades, estudos, jogos, metodologias, cursos, tecnologias, desafios, apresentações, competições, serviços ou produtos. Foram aceitos trabalhos de professores de 2021 a 2023 vinculados a instituições de ensino públicas e privadas.
“Minas Gerais é atualmente referência na atuação em educação empreendedora, com mais de 640 mil alunos e 56 mil professores atendidos no ano passado com as ações do Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE). Os números refletem o quanto o estado evolui em projetos inovadores desenvolvidos no ambiente de sala de aula. O Prêmio Educador Transformador é mais uma iniciativa importante, que reforça o quanto o trabalho nas instituições públicas e privadas mineiras vem sendo cada vez mais bem estruturado”, ressalta a gerente da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae Minas, Fabiana Pinho.