Dois funcionários públicos são presos em flagrante suspeitos de receber propina
Atualizada às 21h04
Dois funcionários públicos do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG), que estavam a serviço do Inmetro, foram presos em flagrante, no início da tarde desta sexta-feira (22), depois de supostamente terem recebido propina do dono de um posto de combustível no Bairro Bandeirantes. A dupla foi encaminhada para a delegacia da Polícia Federal (PF) pelo crime de concussão, aquele praticado por servidor público que exige, para si ou para outrem, vantagem indevida e tem pena de três a oito anos de prisão.
Segundo informações da Polícia Militar, o dono do estabelecimento denunciou os homens, de 49 e 56 anos, à PF na última quinta-feira, após o pedido de suborno. Conforme o comandante da 31ª Companhia da PM, Arcioli Lazzarini, os homens teriam pedido R$ 1.300 ao proprietário do posto e mais três extintores ABC, caso contrário seriam preenchidos autos de infrações por irregularidades nas bombas. A vítima disse que não tinha dinheiro no momento e combinou com os fiscais que retornassem na manhã de sexta.
Logo depois, o proprietário registrou a denúncia na PF, entregando o xerox das notas no valor de R$ 300 que seriam repassadas aos funcionários públicos, para controlar os números de série. De acordo com o capitão Lazzarini, nesta sexta pela manhã, quando os homens retornaram ao estabelecimento para receber a propina, a vítima entregou o dinheiro e colocou os extintores dentro do carro do Inmetro, conforme orientação dos suspeitos.
“Quando eles ainda estavam no posto, a PM foi acionada e interceptou o veículo ainda no local. Apesar da negativa dos funcionários sobre o crime, dentro do carro, onde havia sido indicado pelo dono do posto, foram encontradas as notas e os extintores. Foi confirmado o número de série do dinheiro com o xerocado pelo proprietário e foi confirmado que era as mesmas notas. Diante da materialidade do crime, os dois suspeitos foram pesos pelo crime de concussão e encaminhados à delegacia da Polícia Federal”, disse o capitão.
Até as 21h desta sexta (22), o caso ainda não havia sido concluído no plantão da Polícia Federal. Entretanto, o delegado chefe substituto da PF em Juiz de Fora, Humberto Brandão, informou que os dois funcionários teriam o flagrante confirmado e seriam levados para o Ceresp. Ainda segundo informações do delegado, um dos suspeitos é servidor público há mais de 30 anos, enquanto o outro já estaria no serviço há mais de 20. O primeiro estava a um ano da aposentadoria. O delegado também destacou que um deles já tinha histórico de corrupção.