Morre, aos 84 anos, o radialista juiz-forano Glauco Fassheber

Além de traçar notória carreira em emissoras de rádio e televisão, Fassheber foi locutor oficial da ditadura militar por 15 anos


Por Gabriel Ferreira Borges

18/05/2021 às 17h54- Atualizada 18/05/2021 às 19h13

O radialista, jornalista, cerimonialista e publicitário Glauco Horta Fassheber morreu, na manhã desta terça-feira (18), aos 84 anos, em Juiz de Fora. Fassheber não resistiu a uma insuficiência renal crônica decorrente da diabetes. No fim de abril, chegou a ficar internado na Santa Casa de Misericórdia por duas semanas devido à evolução do quatro, quando retornou para casa já debilitado. O sepultamento aconteceu na tarde desta terça no Cemitério Parque da Saudade. O velório foi restrito aos familiares.

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Glauco Fassheber fez carreira principalmente no rádio
Crédito: Reprodução/Facebook

Fassheber deixa a esposa Izabel Orsi, além das filhas Soraya e Érica Fassheber, dos casamentos anteriores com, respectivamente, Célia Maria da Silva e Maria Célia Vieira.

Embora a carreira de Glauco Fassheber tenha vínculos significativos com Juiz de Fora, o radialista ganhou notoriedade nacional após se mudar para o Rio de Janeiro. O juiz-forano iniciou a própria trajetória na Rádio Industrial em 1955. Posteriormente, chegou à Rádio Difusora, que mais tarde viria a comprar. Já no Rio de Janeiro, o locutor trabalhou nas rádios Tamoio, Tupi e Globo, em que fazia a locução de programas como “O Globo no ar” e “O seu redator chefe”. A carreira desembocou no Jornal do Brasil. Lá, Fassheber apresentou o programa “Repórter JB”. A ancoragem estendeu-se à antiga TV Rio, onde conduzia o telejornal Pirelli. Paralelamente à carreira, destacou-se como um dos narradores do Cine-jornal da Atlântida Cinematográfica por 20 anos.

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Aos 84 anos, Glauco não resistiu a uma insuficiência renal crônica decorrente da diabetes (Foto: Reprodução Internet)

Entre 1970 e 1985, Fassheber foi o locutor oficial durante os regimes dos generais Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo em meio à ditadura militar. Ao lado de William Mendonça, ainda apresentou durante dois anos o informativo “A voz do Brasil”. Retornou a Juiz de Fora em 1990, quando atuou na Rádio Pio XII, na TV Tiradentes e na Rádio Panorama. A relação com a radiodifusão ainda se traduziu na implantação das primeiras emissoras em frequência modulada (FM) em algumas cidades da Zona da Mata. Em Juiz de Fora, foi o responsável pela implementação da Rádio Manchester. Já em São João Nepomuceno e Carangola, iniciou as rádios Everest e Caparaó, respectivamente.

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