Polícia espera reduzir crimes em 30% com ‘Olho vivo’
Com a expectativa de reduzir em 30% nas áreas monitoradas os crimes contra o patrimônio, como furtos e roubos, foi inaugurado oficialmente ontem o projeto “Olho Vivo”, promovido em parceria entre a Prefeitura e a 4ª Região da Polícia Militar. Durante a solenidade na sede do 2º Batalhão da PM, em Santa Terezinha, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) e autoridades ligadas à segurança pública comemoraram o funcionamento das 54 câmeras espalhadas estrategicamente no Centro e nos bairros São Mateus, Bom Pastor, Alto dos Passos e Santa Luzia, Zona Sul, Manoel Honório, Zona Leste, São Pedro, na Cidade Alta, e Santa Cruz e Benfica, Zona Norte.
“O ‘Olho Vivo’ é um projeto muito importante de monitoramento, e vários bairros da nossa cidade estão contemplados com 54 câmeras já em funcionamento 24 horas por dia, com imagens de alta resolução e visualização de 360 graus. Há o acionamento imediato da polícia quando ocorre algum ilícito nessas áreas de grande aglomeração comercial, e esperamos reduzir em 30% os delitos”, disse o prefeito, antes de descerrar a placa de inauguração, ao lado do comandante da 4ª Região da PM, coronel José Geraldo de Lima, e do chefe do Estado Maior da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Divino Pereira de Brito. Entre os presentes também estavam o vice-prefeito Sérgio Rodrigues, a delegada regional, Sheila Oliveira, e o presidente da Câmara Municipal, Júlio Gasparette (PMDB).
Segundo o coronel José Geraldo, até o último balanço 152 ações criminosas já haviam sido identificadas ou acompanhadas por meio do videomonitoramento na fase de testes, iniciada em julho com a instalação de três equipamentos no Manoel Honório. Segundo ele, a maioria das ocorrências são ligadas a furtos, roubos, uso e tráfico de drogas. Questionado sobre a possível migração dos crimes para locais não monitorados, o chefe da 4ª Região da PM ponderou que as câmeras estão em pontos estratégicos, comerciais e de maior circulação de pessoas, e que os militares continuam atuando em todas as regiões do município.
Em seu discurso, o coronel Divino reiterou a importância da parceria entre a Prefeitura e o Governo estadual e, respondendo a um pedido de Júlio Gasparette sobre a instalação de câmeras em outras áreas, como o Morro da Glória, não afastou a possibilidade de expansão do projeto futuramente. Conforme Bruno Siqueira, o programa é mantido a um custo de R$ 1 milhão por mês. “É uma ação preventiva, que não substitui, mas complementa a ação da polícia.” Ainda durante a solenidade, as autoridades lembraram o empenho do ex-comandante da 4ª Região da PM, coronel Ronaldo Nazareth, para a implantação do “Olho Vivo”.
O presidente da Câmera também aproveitou a oportunidade para solicitar ao chefe do Estado Maior mais policiais para Juiz de Fora. “Nossa cidade está precisando muito disso.” O coronel Divino avaliou o crescimento “espantoso” do município e falou do alto custo da segurança pública em Minas, que conta com 11 aeronaves e mais de 11 mil viaturas. “A preocupação com a segurança de Juiz de Fora é um compromisso do Governo, e o ‘Olho Vivo’, que já está em 20 cidades, é um exemplo disso. Hoje (ontem) é um dia histórico, mas é lógico que outros esforços são necessários e estão sendo feitos”, garantiu. O prefeito fez coro. ” Sabemos que precisamos avançar mais e de mais efetivo (policial), mas já é um grande avanço e uma grande conquista.”
22 câmeras no Centro
Os equipamentos de alta tecnologia têm infravermelho e podem gravar imagens com excelente resolução, inclusive no escuro, com capacidade de rotação de 360 graus para controle de toda a área vigiada. Das 54 câmeras, 22 estão espalhadas em ruas e esquinas do Centro e outras 16 na Zona Sul, em áreas onde há grande concentração de pessoas devido ao comércio e ao movimento de bares à noite. Os demais dispositivos estão divididos entre Zona Leste, Norte e Cidade Alta. A PM preferiu não divulgar todos os endereços por questões de segurança. O monitoramento é feito por profissionais de uma empresa contratada por meio de licitação e supervisionado por militares, em uma central instalada na sede do 2º Batalhão da PM.