Medalha Rosa Cabinda homenageia 25 mulheres de JF e regiĆ£o
PremiaĆ§Ć£o condecora mulheres por atuaĆ§Ć£o na construĆ§Ć£o da sociedade
No prĆ³ximo sĆ”bado (17), acontece a quarta ediĆ§Ć£o da Medalha Rosa Cabinda, premiaĆ§Ć£o que tem como objetivo homenagear mulheres da cidade e regiĆ£o por seus feitos na sociedade. Esse ano, o evento acontece de forma totalmente on-line, com transmissĆ£o ao vivo pelo canal no Youtube e pĆ”gina no Facebook da Frente Brasil Popular MG, assim como pelo Facebook do Coletivo Maria Maria. A repĆ³rter da Tribuna de Minas Carolina Leonel Ć© uma das 25 contempladas.
Na live de sĆ”bado, serĆ” recontada a trajetĆ³ria que levou cada uma destas mulheres a receber a condecoraĆ§Ć£o. As medalhas estĆ£o sendo entregues na residĆŖncia das premiadas, e as homenagens serĆ£o feitas durante a transmissĆ£o, que contarĆ” tambĆ©m com um momento de fala das participantes sobre a ediĆ§Ć£o.
De acordo com uma das organizadoras e membro do Coletivo Maria Maria, DĆ©bora Renault, a maioria das mulheres homenageadas esse ano teve alguma participaĆ§Ć£o no perĆodo da pandemia. “Seja pela exposiĆ§Ć£o do trabalho, como mĆ©dica, enfermeira, agente de saĆŗde, funcionĆ”ria de hospital, acadĆŖmica de medicina e motogirl, ou na solidariedade na distribuiĆ§Ć£o de cestas bĆ”sicas e trabalhos em comunidades. Homenageamos tambĆ©m profissionais da educaĆ§Ć£o que estĆ£o se desdobrando para fazer com que o conteĆŗdo chegue atĆ© os alunos. AlĆ©m de mulheres com belas histĆ³rias que precisam ser reconhecidas pela sociedade.”
A organizaĆ§Ć£o de 2021 contou com o Coletivo Maria Maria (NĆŗcleo da Marcha Mundial de Mulheres), O Levante Popular da Juventude, Consulta Popular e Frente Brasil Popular.
Homenageadas
As homenageadas indicadas pelos movimentos participantes sĆ£o: Dulce Santana, lideranƧa comunitĆ”ria do Bairro Sagrado CoraĆ§Ć£o de Jesus; Maria InĆŖs Dias Braga, do MutirĆ£o da Meninada do Vale Verde; Nivalda Maria Perobelli, diretora do Sindicato Ćnico dos Trabalhadores em EducaĆ§Ć£o de Minas Gerais (Sind-UTE/MG); Maria Oliveira da Silva, lĆder comunitĆ”ria do Bairro Santa Paula; Cleonice de Oliveira, membro do batuque afro-brasileiro Nelson Silva; AmĆ©lia de Andrade, enfermeira e cuidadora de idosos; Maria de FĆ”tima Lage Barra, sindicalista; Vera LĆŗcia de Assis, da AssociaĆ§Ć£o de Catadores de Juiz de Fora (Ascajuf); Maria Aparecida da Silva, da sociedade beneficente MĆ£o Amiga; e FlĆ”via Chiaini de Oliveira Lopes, mĆ©dica de famĆlia.
Ainda receberĆ£o a comenda, Sandra Jesus, secretĆ”ria do Conselho Municipal de PromoĆ§Ć£o da Igualdade Racial; Marcilene Chaves Costa, do Departamento de VigilĆ¢ncia EpidemiolĆ³gica do SUS; Maria de FĆ”tima da Silva, lĆder comunitĆ”ria do Bairro Vale Verde; Mariane Maia, diretora da Escola Municipal Santos Dumont; AndrĆ©ia Silva Raposo, professora de HistĆ³ria na Escola Municipal Dilermano Cruz Filho; JanaĆna Vaccarini, diretora da Escola Municipal Augusto Gotardelo; Michelle Alani, enfermeira; Izaura Yung, auxiliar administrativa; ClĆ”udia Gomes de Oliveira, agente comunitĆ”ria de saĆŗde; FlĆ”via Rodrigues, enfermeira do Banco de Leite Humano; Lilian de Souza, militante da Consulta Popular e atua no Periferia Viva; Aline Flausino (MST), vereadora em GoianĆ”; Lara Rocha, motogirl; e Iara Renault de Medeiros, acadĆŖmica de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Uma medalha de protesto
A Medalha Rosa Cabinda Ć© uma contraposiĆ§Ć£o Ć Medalha Henrique Halfeld, ofertada pela Prefeitura, que, em sua maioria, desde a criaĆ§Ć£o, contempla homens. Rosa Cabinda foi escrava do Comendador Henrique Halfeld e conseguiu a prĆ³pria alforria apenas apĆ³s recorrer Ć JustiƧa, apesar de ter direito Ć liberdade desde a promulgaĆ§Ć£o da Lei Rio Branco, em 1871.