Chuva persiste em JF e volta a causar estragos; Defesa Civil registra mais de 40 ocorrĂȘncias nesta quinta
Cidade registrou 111 mm de precipitação em 24 horas; Região Nordeste teve vårios pontos de alagamentos
A chuva intensa que persistiu em Juiz de Fora nesta quinta-feira (15) voltou a causar estragos. Em 24 horas, a cidade registrou um total de 111,8 milĂmetros de precipitaçÔes. De acordo com o pluviĂŽmetro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o maior volume foi registrado no Bairro Santa Terezinha, RegiĂŁo Nordeste, uma das mais afetadas nesta quinta. AlĂ©m disso, o nĂvel do Rio Paraibuna atingiu 3,03 metros.
AtĂ© Ă s 18h15, a Defesa Civil registrou 28 ocorrĂȘncias, sendo 20 de escorregamento de talude, uma de trinca em muro de contenção, uma de desabamento de muro de divisa, uma de desabamento de muro de contenção, uma enxurrada, uma de rua danificada e uma de ameaça de escorregamento de talude.
Nesta sexta-feira, a Defesa Civil voltou a atualizar o nĂșmero de acionamentos por conta das chuvas. Ao todo, atĂ© Ă s 11h30, foram registradas 44 ocorrĂȘncias na cidade, sendo 26 escorregamentos de solo. Dessas ocorrĂȘncias, cinco foram registradas na manhĂŁ da sexta.
A maioria dos casos foi na Zona Leste (20). Nenhuma situação de gravidade foi constatada e, ainda conforme o órgão, as equipes da Prefeitura estão em ação nas åreas afetadas.
No Bairro Mariano ProcĂłpio, a ĂĄgua entrou em estabelecimentos e diversos pontos ficaram alagados na rua homĂŽnima e, tambĂ©m, na Rua Senador Feliciano Pena. A professora aposentada Sandra Farinelli, moradora da Senador Feliciano Pena, limpava a calçada que tambĂ©m chegou a ficar alagada. “Agora sĂł tem um pouco de ĂĄgua represada no final da rua, mas a situação estava feia mais cedo. A minha casa nĂŁo foi atingida, mas as da parte de baixo da rua foram bastante”, contou.
Mais duas pessoas tambĂ©m relataram problemas no Mariano ProcĂłpio. O representante comercial Antonino Antunes contou que ao passar de ĂŽnibus pela rua homĂŽnima, prĂłxima ao Museu Mariano ProcĂłpio, percebeu que o local estava completamente alagado. O leitor, que passa pelo trajeto para buscar seu filho na escola, disse que passou por volta das 16h30 e presenciou um “mar de ĂĄgua da chuva”.
Outra leitora, que preferiu nĂŁo ter o nome divulgado, comerciante no local, precisou limpar o estabelecimento atingido enchente. “Todos os anos passamos por esse episĂłdio triste de alagamento e perdas. Graças a Deus, hoje estĂĄ mais tranquilo.”
Pessoas ilhadas no Democrata
O Bairro Democrata, também na Região Nordeste, sofreu com impacto das chuvas. A lama cobriu a Rua Benjamin Guimarães. Trabalhadores do Demlurb atuaram na limpeza.
Ainda no local, o Corpo de Bombeiros tambĂ©m prestou atendimento em uma ocorrĂȘncia de veĂculo preso no alagamento. TrĂȘs pessoas ficaram ilhadas no interior de um automĂłvel, que foi tomado pelas ĂĄguas atĂ© a altura das portas. Segundo a corporação, ninguĂ©m ficou ferido.
AlĂ©m disso, apĂłs receber denĂșncia de ĂĄrvore caĂda na Rua Eunice Weaver, no Bairro Carlos Chagas, RegiĂŁo Norte, a Tribuna demandou a Prefeitura de Juiz de Fora. A Administração municipal afirmou jĂĄ ter a recolhido para liberar o trĂąnsito, que estava obstruĂdo.
PJF alerta para riscos
Por meio de vĂdeo publicado nas redes sociais, a prefeita Margarida SalomĂŁo (PT) informou acompanhar os desdobramentos do ciclone que acomete a regiĂŁo. “Nas Ășltimas 48 horas, Juiz de Fora recebeu 155 mm de chuva, e segue chovendo. Felizmente, o cĂłrrego Santa Luiza ficou dentro da carga, o de HumaitĂĄ saiu um pouco e no de SĂŁo Pedro. A Cidade Alta, foi uma das ĂĄreas mais afetadas. Estamos ainda com problemas no Mariano ProcĂłpio e no Democrata. Mais uma vez, sofremos com essa calamidade climĂĄtica que vem se manifesta de uma forma tĂŁo complicada para nĂłs”, disse.
O subsecretĂĄrio da Defesa Civil, LuĂs Fernando Martins – tambĂ©m presente no vĂdeo -, destaca que, com esse volume, a regiĂŁo costuma ter problemas de escorregamento de solo. “Pedimos para a população ficar muito atenta a qualquer sinal nas suas residĂȘncias. Trincas no solo e nas paredes da casa, deformação, dificuldade para abrir portas e janelas. Caso verifiquem algum desses sinais, entre em contato com a Defesa Civil atravĂ©s do 199, procure um local seguro e aguarde atĂ© irmos fazer vistoria”, alerta.
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*EstagiĂĄrio sob a supervisĂŁo da editora Carolina Leonel