UFJF teme que recuo do MEC seja ‘adiamento dos cortes’

Reitor ainda apontou para situação orçamentária grave na Universidade e que novos cortes trariam “fortes consequências” para instituição.


Por Mariana Floriano, sob supervisão da editora Rafaela Carvalho

07/10/2022 às 19h22

Nesta sexta-feira (7), o Conselho Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se reuniu para discutir os impactos do bloqueio orçamentário decretado na última sexta-feira (30) pelo Ministério da Educação do Governo federal. Entretanto, durante a reunião, o Governo federal voltou atrás na decisão. Para o reitor da UFJF, entretanto, o “descongelamento” dos recursos pode tratar-se de uma manobra para adiar a medida.

Na tarde desta sexta, o ministro da educação, Victor Godoy, publicou um vídeo em sua conta no Twitter anunciando o recuo do da decição e o desbloqueio de recursos para universidades, institutos federais e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O Ministério da Economia, entretanto, não tinha confirmado a informação até a noite desta sexta.

Após o encontro na UFJF, já ciente do anúncio do recuo do MEC, o reitor da Universidade, Marcus David, publicou um vídeo em que afirma que “o MEC reconheceu o impacto que o corte teria nas Universidades e, por esse motivo, voltou atrás”.

Apesar disso, o reitor afirma que teme que a decisão seja apenas um “adiamento” dos cortes e que, no futuro, as instituições sofram com novas restrições, que “trariam consequências muito fortes para as universidades”. Ele ressalta que a UFJF já tem vivido uma situação financeira muito grave, com redução de 7,2% de seu orçamento em 2022.

Em agosto deste ano, a UFJF havia projetado um déficit orçamentário de R$ 11 milhões em 2022. 

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