Polícia captura suspeito de matar soldado do Exército


Por Sandra Zanella

07/03/2017 às 13h38- Atualizada 07/03/2017 às 14h05

prisao-sandra-zanella-3
Suspeitos de homicídios foram apresentados pela Polícia Civil (Foto: Sandra Zanella)

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira um jovem de 18 anos suspeito de ter participado do assassinato do soldado do Exército Brener Luís Gomes Magalhães, 21, morto com cinco tiros, no dia 4 de dezembro do ano passado, na Avenida Atlântica, no Bairro Parque das Torres, Zona Norte. A vítima também trabalhava como motoboy nas horas vagas e foi surpreendida por atiradores quando levava um lanche em sua moto. Um primeiro suspeito, 26, já havia sido preso pela Delegacia Especializada de Homicídios em 18 de fevereiro. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Rolli, o rapaz detido nesta terça estava escondido na casa de parentes no Jóquei Clube III. Contra ele já havia mandado de prisão expedido pela Justiça.

Ainda conforme Rolli, o homicídio teria sido motivado por rivalidade entre dois grupos, que tem como pano de fundo o tráfico de drogas. Os suspeitos de cometerem o crime são integrantes de uma gangue que vem aterrorizando a região do Parque das Torres com uma série de delitos violentos. Cinco deles haviam sido presos em operação da Polícia Civil no ano passado, mas três já estariam de volta às ruas. “O jovem do Exército sofreu uma emboscada ao levar um lanche dentro do Parque das Torres. A motivação é uma guerra entre grupos rivais que se perdura há muito tempo. Já existem várias investigações encaminhadas ao Poder Judiciário demonstrando essa rivalidade acirrada. Temos outros pedidos de mandado de prisão aguardando decisão para conseguirmos efetuar a prisão dos demais integrantes”, informou o delegado.

Homicídios na Zona Leste
Também nesta terça, a Polícia Civil apresentou o homem de 27 anos que havia sido preso pela PM em flagrante no último dia 2 no Bom Jardim, Zona Leste, portando um revólver calibre 32 carregado. Ele é suspeito de ter participado de dois homicídios naquela região. Na casa dele, a PM e encontrou uma pistola ponto 40 que teria sido furtada da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de drogas, munições, colete balístico e máscara utilizada em delitos.

Um dos assassinatos aconteceu no dia 19 de fevereiro e vitimou Anaximandro Mariano, 19. Ele foi baleado na cabeça durante o Bloco dos Vasconcelos, na Rua Doutor Moacyr Castro Xavier, no Linhares. O bloco não era regularizado e não tinha autorização da PM para acontecer. “Há uma certa desavença entre moradores do Linhares e do Bom Jardim. Durante a festividade, houve uma briga, o autor saiu do local e retornou em uma moto com uma arma de fogo, efetuando os disparos contra a vítima”, explicou o delegado.

O outro caso ocorreu no dia 11 do mesmo mês no Bairro Santa Rita. João Paulo Lopes Vieira, 36, foi surpreendido por tiros na cabeça, costas, peito e nádega quando retornava de uma chopada pela Rua Oscar Teodoro de Oliveira. Ele não resistiu e morreu na hora. João Paulo estava na companhia de seu próprio filho, 21, que escapou ileso. Um terceiro homem, 20, que seria o alvo da ação criminosa, também foi baleado e socorrido até o HPS, com tiros no braço e na perna, mas sobreviveu.

Os disparos foram realizados por três criminosos armados, que desembarcaram de um carro, onde teria permanecido um quarto comparsa. Segundo o delegado, os outros três envolvidos já estão identificados. “A motivação é uma rivalidade antiga existente entre os ocupantes do veículo e um dos jovens que saía da chopada devido a uma troca de tiros no passado. O homem que morreu não tinha envolvimento. Vamos pleitear os mandados de prisão contra os outros três autores e continuar nossa ação de repressão aos homicídios em Juiz de Fora”, concluiu Rolli.

 

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.