Guardiões Resgate é multada e tem contrato encerrado junto a PJF

Acidente em ambulância da empresa matou cinco pessoas no fim do ano passado


Por Hugo Netto

07/02/2024 às 20h00- Atualizada 08/02/2024 às 15h08

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informou, nesta quarta-feira (7), que agentes da Vigilância Sanitária realizaram fiscalização do serviço prestado pela empresa Guardiões Resgate. Conforme o Município, foram constatadas irregularidades – não detalhadas -, que levaram à aplicação de multa, cujo valor também não foi divulgado, e o encerramento do contrato entre as partes, que acabaria no início de março.

Desde 2021, quando R$ 1,3 milhão foram acordados para a prestação de serviços de locação de ambulâncias e transporte de pacientes da Rede SUS/JF, incluindo o deslocamento entre municípios, o contrato era renovado a cada ano. Na última renovação, em março de 2023, a PJF pagou R$ 1,1 milhão para a empresa.

De acordo com a Prefeitura, imediatamente após o término do contrato, foi iniciado processo de contratação emergencial de novo serviço de transportes. O posicionamento é que não haverá prejuízos aos usuários.

Ação conjunta

Por meio de nota enviada nesta quinta-feira (8), a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Juiz de Fora esclarece que, na semana passada, a Vigilância Sanitária interditou as atividades da empresa e, na segunda-feira (5), a Promotoria de Justiça de
Defesa do Patrimônio Público (em razão de contrato com o SUS), a Coordenadoria Regional de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste – ambos órgãos do MPMG -, juntamente com a Polícia Civil  e as Vigilâncias Sanitárias municipal e estadual fizeram uma fiscalização conjunta “e serão emitidos relatórios sobre as condições de rodagem dos veículos e sanitárias do serviço”. O órgão ainda esclarece que “a interdição persiste para serviços públicos e particulares”.

Cinco pessoas morreram em acidente

No dia 21 de dezembro de 2023, uma ambulância da Guardiões Resgate colidiu com uma carreta na BR-040, na altura do km 736,9, próximo a Santos Dumont, matando cinco pessoas: uma mulher grávida, o esposo, uma enfermeira, uma médica e o motorista da ambulância. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o veículo seguia sentido Rio de Janeiro quando invadiu a contramão, indo de encontro com a carreta que trafegava no sentido oposto.

A Tribuna questionou a empresa sobre as sanções impostas pela Prefeitura e abriu espaço para um pronunciamento, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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