Reitores de universidades federais se encontram com Lula para negociar greve

UFMG já anunciou retorno para a próxima segunda; assembleia de professores hoje em Juiz de Fora discute “conjunturas”


Por Pâmela Costa

06/06/2024 às 12h32- Atualizada 06/06/2024 às 17h18

Após mais de 50 dias da greve dos professores as universidades federais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir na segunda (10) com reitores das instituições de ensino superior para negociar o fim da greve. Inicialmente, o encontro estava marcado para esta quinta-feira (6), mas foi adiado para a próxima semana, de acordo com informações da assessoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que também afirmou que a reitora da instituição, Girlene Alves da Silva, vai comparecer à reunião.

A Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF) informou que uma assembleia para analisar conjunturas e definir ações será realizada nesta quinta (6).

A assembleia realizada pelos docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) nessa quarta (5) decidiu pelo retorno das aulas na próxima segunda-feira (10).

A greve

A principal reivindicação é a recomposição dos salários, feita ainda neste ano, de 4,5%. A posição firmada pelo Governo, no entanto, foi de que não seria possível realizar os reajustes reivindicados para nenhuma das classes (professores e técnicos-administrativos) em 2024. A fala chegou a ser endossada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e Ministério da Educação (MEC), que reiteraram a inviabilidade de orçamento para realizar uma contraproposta. 

A contraproposta do Governo é que ocorra aumentos somente a partir de 2025, com expectativa de crescimento de 13,3% a 31% até 2026. A ideia é que as categorias que recebem menos tenham os maiores aumentos, informou a Agência Brasil

Frente a isso, a categoria escolheu pela continuidade da greve, que se aproxima agora de dois meses de duração e conta com adesão de professores e servidores de cerca de 60 universidades federais e de mais de 39 institutos federais de ensino básico, profissional e tecnológico.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.