Agentes precisaram atirar para conter tumulto no Ceresp
Um princípio de tumulto em uma das celas do Ceresp, no Linhares, região Leste, na noite de segunda-feira (3), mobilizou agentes penitenciários e a Polícia Militar. Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), a confusão teria começado por volta das 22h, durante um atendimento de saúde. Os presos arrancaram a grade inferior da cela e começaram o tumulto.
Uma moradora da Rua da Passagem contou que ouviu movimentação de carros da Polícia Militar e barulhos de disparos. Por meio de nota, a Suapi confirmou que “foi necessário o uso de dois disparos de armamento menos letal durante a contenção”, mas garantiu que não houve feridos. A direção-geral da unidade instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e avaliar danos ao patrimônio. Ainda conforme a secretaria, a unidade segue sua rotina normal.
Essa é a segunda ocorrência registrada no Ceresp neste semestre. No final de agosto, a unidade viveu momentos de tensão durante um motim, que teve de ser contido com o uso de cães treinados e armas não letais. A confusão, que resultou em queima de colchões e destruição de três celas, além de uma tentativa de invasão de galeria, levou pânico a parentes dos presos que se aglomeravam na porta do local em busca de notícias. Vinte e três detentos ficaram feridos. O episódio também trouxe à tona a lotação histórica do local. Projetado para 332 detentos, na data, mil presos dividiam o espaço, número cinco vezes maior do que é previsto pela Lei de Execução Penal.