Grupo elabora proposta de política de enfrentamento ao assédio na UFJF

Documento que reúne orientações de combate às violências no ambiente acadêmico foi apresentado à Reitoria


Por Leticya Bernadete

04/03/2024 às 18h39

O grupo de trabalho que visa propor uma política de enfrentamento ao assédio na Universidade Federal de Juiz Fora (UFJF) entregou a minuta do documento à Reitoria na última sexta-feira (1º). Com a conclusão das atividades da comissão, a expectativa é que a proposta seja apresentada ao Conselho Superior (Consu) ainda neste mês, antes do término da atual gestão, de acordo com informações da UFJF.

Conforme a instituição de ensino, a minuta reúne disposições acerca do tema, incluindo ações de sensibilização e capacitação previstas para a comunidade interna, bem como procedimentos para o tratamento de casos de assédio e para apoio às vítimas, entre outras orientações de combate às violências no ambiente acadêmico.

Para elaboração do documento, diferentes entidades representativas discutiram as propostas e trouxeram o ponto de vista da comunidade da UFJF, englobando discentes e servidores. As atividades voltadas ao tema tiveram início em setembro de 2022 e foram formalizadas em abril de 2023, com a publicação da portaria que instituiu o grupo de trabalho. De acordo com a Universidade, o prazo para conclusão das atividades chegou a ser estendido por conta da necessidade de ampliação da proposta.

“A construção da política de enfrentamento aos assédios e outras violências é um marco fundamental que demonstra o posicionamento da administração da UFJF em não tolerar qualquer tipo de assédio e outras violências no cotidiano universitário”, apontou a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Renata de Faria, em publicação da Universidade.

Como destacado pela instituição, o objetivo é que a política resulte em iniciativas práticas, com início imediato após sua aprovação, tendo o monitoramento e colaboração de uma comissão composta para esse fim. “Este é um desafio contínuo que demandará ações preventivas e educativas sobre o tema para toda a comunidade acadêmica, na perspectiva de desenvolvimento de uma cultura de paz nas relações de trabalho e acadêmicas”, explicou a pró-reitora.

Denúncias de assédio

A minuta traz, entre as propostas, a unificação de um fluxo de atendimento às denúncias de assédio e outras violências. Segundo a UFJF, alguns setores como as pró-reitorias de Assistência Estudantil, de Gestão de Pessoas, as direções, coordenações de unidades e entidades, atuam como portas de entrada para o acolhimento das vítimas. Entretanto, para formalizar a denúncia, é necessário recorrer à Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas ou ao Fala.BR – Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação. Conforme a instituição, os casos são investigados a partir desse registro.

A Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas funciona no prédio da Reitoria e atende pelo telefone (32) 2102-3380 ou pelo e-mail [email protected]. As denúncias são mantidas em sigilo.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.