Policial civil é assassinado, e corpo é achado em avançado estado de decomposição
Mais um crime chocante foi registrado em Juiz de Fora neste sábado. Um policial civil lotado na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora foi encontrado morto pela manhã no apartamento onde morava no Bairro Santa Terezinha, na Zona Nordeste. O prédio fica próximo ao da instituição policial. O corpo de Roberto Carlos Maciel, 49 anos, foi localizado em avançado estado de deterioração depois que vizinhos sentiram forte odor vindo do seu apartamento. Conforme o registro policial, agentes entraram no imóvel e localizaram o corpo, sendo a perícia acionada imediatamente. A vítima foi golpeada pelo menos 20 vezes por um objeto perfurante, provavelmente uma faca, além de apresentar outras duas lesões ocasionadas por uma arma de fogo. Duas cápsulas de revólver calibre 38 foram apreendidas no local. Após uma força-tarefa, o suspeito do crime foi preso na noite de sábado em um supermercado em Barbacena. Ele estava com o carro da vítima, um Fiesta branco. Na manhã deste domingo, ele será apresentado pela Polícia Civil. O rapaz jovem também é suspeito de ter praticado outro homicídio na cidade.
A ocorrência foi registrada por volta das 11h, na Rua Daniel Martinho Ribeiro. Ainda não se sabe qual teria sido a motivação para o homicídio, mas a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, não está descartada. Além do carro da vítima, o assassino levou o celular, as algemas e a arma do policial.
A brutalidade do crime chamou atenção. Na parede da casa de Roberto Carlos foi encontrada uma mensagem escrita a sangue, com os dizeres: “Lúcifer sete fadas”. O policial, que era investigador, estava de férias e retornaria ao trabalho na próxima semana. A vítima, que estava prestes a se aposentar, após quase 30 anos de profissão, exerceu diversas atividades na instituição e tinha passagens pela Delegacia de Mulheres e pela Especializada Antidrogas.
Muito próxima do policial, a delegada Dolores Tambasco, hoje à frente do Núcleo de Atendimento de Maus-Tratos a Animais, estava entre os muitos policiais civis presentes no local do crime e que acompanharam, perplexos, todo o trabalho da perícia e da retirada do corpo do apartamento. “Ele era mais que um policial, era um amigo. Era muito querido pelos colegas e realizou trabalhos importantes dentro da delegacia. Estamos todos abalados”, disse.
O corpo do policial será velado na Capela 2 do Parque da Saudade e enterrado às 11h deste domingo. Roberto Carlos deixa uma filha.