Rodoviários protestam no Centro de Juiz de Fora

Apesar do ato, atividades não foram paralisadas e os ônibus circulam normalmente pela cidade


Por Nayara Zanetti

02/01/2024 às 11h51

Rodoviários protestam no Centro de Juiz de Fora
Ato reuniu poucas pessoas na manhã desta terça (Foto: Felipe Couri)

Parte dos trabalhadores do transporte público de Juiz de Fora realizou, na manhã desta terça-feira (2), um protesto contra a extinção do cargo de cobrador. O ato mobilizou cerca de 20 pessoas e aconteceu por volta das 10h30 na Avenida Rio Branco, na altura do Parque Halfeld. Apesar da movimentação dos rodoviários, as atividades não foram paralisadas e os ônibus circulam normalmente pela cidade. A manifestação seguiu até a Rua Batista de Oliveira, onde os manifestantes se dispersaram.

Antes dos profissionais iniciarem a mobilização, a Polícia Militar se posicionou em pontos estratégicos na faixa exclusiva de ônibus ao longo da Avenida Rio Branco e no Parque Halfeld. Entre as questões levantadas pelos trabalhadores está o questionamento de que o Consórcio Via JF teria retirado uma cláusula que garantia os postos de cobradores até 2026. No entanto, após ser questionada pela Tribuna, a empresa afirmou que a “cláusula nunca existiu, portanto, não foi retirada”.

Em resposta à manifestação dos trabalhadores, o Consórcio Via JF afirmou que “não há legitimidade no movimento, pois não haverá nenhuma demissão mesmo com o fato de alguns veículos já circularem sem cobradores”. A empresa ainda destacou que um acordo, assinado entre o Consórcio e o Sindicato dos Trabalhadores (Sinttro), garante um plano de transição para automatização da cobrança atrelado a um planejamento para a qualificação de quem atualmente trabalha como cobrador. De acordo com a Via JF, o plano prevê a substituição através da qualificação para outras funções, mantendo os postos de trabalho.

Em nota divulgada à imprensa, o Consórcio repudiou qualquer ação que comprometa a segurança e a qualidade do serviço prestado à comunidade. “Não faz sentido haver um movimento como esse, com propósitos alheios à vontade da classe trabalhadora e com objetivo comprometer os serviços essenciais que oferecemos à população.”

Na semana, o Sinttro afirmou que o ato aconteceria de forma independente. Entretanto, a reportagem também entrou em contato com o sindicato nesta terça, para verificar o posicionamento da entidade, e aguarda retorno.

 

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