Lula diz que Governo não está entregando o que prometeu e é cedo para fazer pesquisa sobre 2026

Pesquisa Quaest mostrou um crescimento nas avaliações negativas do Governo


Por Gabriel Hirabahasi, Sofia Aguiar, Victor Ohana e Lavinia Kaucz, Agência Estado

30/01/2025 às 13h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse reconhecer que o governo “não está entregando aquilo que prometeu” até o momento. O petista criticou, no entanto, a antecipação de cenários eleitorais para 2026.

“No primeiro ano de governo, como (o governante) ganhou as eleições, há muita expectativa e o povo está muito tranquilo. No segundo ano, começa o povo a saber se a expectativa que tinha está sendo cumprida. Eu disse ao (Paulo) Pimenta (ex-ministro da Secom): ‘Não se preocupe com pesquisa, porque o povo tem razão, a gente não está entregando aquilo que prometeu'”, afirmou o presidente.

Lula disse que “é preciso ter muita paciência”. “Não me preocupo com pesquisa. Não é feita para gostar ou não gostar. É feita para analisar, verificar se tem um fundo de verdade e começar a fazer as coisas que são necessárias”, disse.

“É muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e é muito cedo para avaliar governo com dois anos de governo. Deixei a Presidência em 2007 (foi em 2010) com 87% de bom e ótimo e tenho consciência do que estamos fazendo”, afirmou.

O presidente disse que “cada coisa que eu falar, quero que anotem, porque vamos entregar, não é apenas um programa de governo, é uma profissão de fé”.

Crescimento das avaliações negativas

Pesquisa Quaest divulgada nesta semana mostrou um crescimento nas avaliações negativas do governo. A gestão de Lula é aprovada por 47% dos entrevistados e reprovada por 49%, de acordo com o levantamento. Foi a primeira vez na série histórica do levantamento que a avaliação negativa supera a opinião positiva. As porcentagens estão dentro da margem de erro, de um ponto porcentual.

Tópicos: governo / lula

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.