Brasil registra 1.595 novas mortes e chega a 90 mil vidas perdidas pela Covid-19

Alta no número de óbitos deve-se à inclusão dos dados de São Paulo, que não teriam sido computados na terça


Por Agência Estado

29/07/2020 às 20h51- Atualizada 29/07/2020 às 21h16

O Brasil registrou 1.595 novas mortes por Covid-19 entre terça e esta quarta-feira (29), elevando o total de óbitos pela doença a 90.134, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. No mais recente boletim da pasta, o país registrou mais um recorde diário de novos casos, com 69.074 confirmações, superando os 67.860 contabilizados no último dia 22 de julho. Com isso, são agora 2.552.265 milhões de positivações. Desse total, 1.787.419 (70%) correspondem aos recuperados e 675.712 (26,5%) ainda seguem em acompanhamento, segundo o Ministério da Saúde.

Os dados do Governo não significam que todas as mortes ocorreram no período. Os casos, no entanto, estavam em investigação e foram confirmados entre terça e quarta. Há ainda cerca de 3.684 óbitos em investigação. Ainda conforme o Ministério da Saúde, a alta no número de mortos nesta quarta deve-se à inclusão dos dados de São Paulo, que não teriam sido computados na terça.

Ao todo, o estado paulista tem 514.197 casos de Covid-19 e 22.389 mortes. O Ceará segue em segundo lugar, com 169.072 casos da doença e 7.643 óbitos. Em seguida, o Rio de Janeiro tem 161.647 confirmações e 13.198 mortes. O Pará aparece em quinta posição, com 151.849 casos e 5.694 morte

Dados da imprensa

Já os dados da imprensa apontaram 1.554 mortes e 70.869 novas infecções de coronavírus. Nos últimos sete dias, foram 1.043 óbitos e 46.235 novos casos, segundo levantamento realizado pelo consórcio de veículos da imprensa que reúne Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL.
Ainda conforme o balanço, o Brasil completou seis semanas com média diária de mortes pelo novo coronavírus igual ou superior a mil.
Especialista em geografia da saúde da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Borges Guimarães afirma que a Covid-19 chegou praticamente a todos os cantos do país. “Temos várias epidemias dentro de um único país e ocorrendo ao mesmo tempo. Neste momento, a gente percebe uma aceleração muito forte em Santa Catarina, Goiás e no Mato Grosso do Sul, com um número muito alto de casos” explica Guimarães.

Segundo ele, na escala que o Brasil atingiu, até chegar num processo que de desaceleração, muitas vidas serão perdidas. “Não se reduz drasticamente de um dia para o outro os números. O país está condenado a ter um volume de mortos, dos mais altos do mundo, por conta desse ritmo que a gente não conseguiu controlar”.

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