Presidente da Caixa pede demissão após acusações de assédio

Pedro Guimarães foi acusado de ter condutas inapropriadas por pelo menos cinco funcionárias do banco


Por Tribuna

29/06/2022 às 21h09

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, pediu demissão do banco na tarde desta quarta-feira (29). Ele publicou a carta de demissão que encaminhou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, em suas redes sociais. O pedido ocorreu após o Ministério Público Federal (MPF) abrir investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa contra Guimarães.

Cinco funcionárias teriam relatado abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles na terça-feira (28).

Guimarães estava à frente da Caixa desde 2019, sendo um dos poucos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro que permanecia no mesmo cargo desde o começo do governo.

Daniella Marques assume o cargo

O pedido de exoneração de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal foi oficializado em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta quarta-feira. A publicação traz ainda a nomeação da secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, para ocupar o cargo no lugar de Guimarães.

Daniella era o nome mais cotado para substituir o atual presidente da Caixa. A escolha de uma mulher para o posto, segundo fontes revelaram mais cedo ao Estadão, ajudaria a estancar as denúncias de assédio contra funcionárias do banco que envolvem o nome de Pedro Guimarães.

Daniella é considerada um ‘braço direito’ de Guedes desde os tempos em que o ministro atuava na iniciativa privada. Ela é formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, tem MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ e atuou por 20 anos no mercado financeiro. Além disso, tem a confiança do presidente Jair Bolsonaro – e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira do chefe do Executivo para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.