Brasil ultrapassa marca de 80 mil mortes por Covid-19

Ministério da Saúde e dados da imprensa apontaram mais de 630 mortes nesta segunda


Por Agência Estado

20/07/2020 às 20h32- Atualizada 20/07/2020 às 20h34

O Brasil ultrapassou, nesta segunda-feira (20), a marca de 80 mil mortes em decorrência do coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, até as 18h40, eram computados 80.120 óbitos, 632 a mais do que no domingo. Os casos de Covid-19 somavam 2.118.646, um aumento de 20.257 registros em relação ao boletim anterior.

O país está atrás somente dos Estados Unidos tanto em mortes quanto em casos confirmados. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), são 3.761.362 contaminações em território americano e 140.157 vidas perdidas.

Já dados coletados pelo consórcio dos veículos de imprensa indicam que são 80.251 vidas perdidas e 2.121.645 pessoas infectadas. O levantamento é realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde. Dados atualizados até 20h desta segunda mostravam que 718 novos óbitos e 21.749 casos de contaminação pela Covid-19 foram somados ao balanço anterior. Ainda conforme as empresas de comunicação, nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.047 óbitos por Covid-19.

São Paulo continua sendo o estado mais afetado pelo vírus e já ultrapassou a marca das 19 mil mortes pela doença. Já o Rio de Janeiro acumula 12.161 vítimas fatais. Em terceiro vem o Ceará (7.185), seguido por Pernambuco (6.036), Pará (5.554), Amazonas ( 3.146), Bahia (2.891), Maranhão (2.740), Minas Gerais (2.004) e Paraíba (1.517).

Platô e interiorização

Segundo o especialista em geografia da saúde e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Guimarães, está havendo uma aceleração no número de casos novos, atingindo os municípios menores. “A Covid está entrando em áreas de maior vulnerabilidade, onde a letalidade é maior. A doença começa a avançar em municípios em que há uma proporção maior de pessoas com mais de 60 anos. Esses são os dois tipos de problemas que nós estamos enfrentando agora. Isso em São Paulo é bastante nítido, no Rio Grande do Sul também”, alertou.

Para o pesquisador da Unesp, “nós estamos atingindo um platô no Estado de São Paulo. Nós temos um patamar alto e estabilizado lá em cima. E com a flexibilização, vem aumentando o número de casos. Então, infelizmente isso vai prolongar a pandemia por mais tempo. O que diminui a transmissão do vírus é o isolamento social. Com a flexibilização, a tendência é ficarmos com esses números por um bom tempo”.

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