China rejeita pressão para convencer a Rússia a dar fim à guerra na Ucrânia
País asiático – que possui parceria estratégica com os russos – mantém o posicionamento adotado desde o início do conflito
O governo da China deu uma resposta negativa ao apelo da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, para que Pequim use seu “relacionamento especial com a Rússia” a fim do convencimento a encerrar a guerra na Ucrânia. De acordo com a declaração chinesa, o país vai rejeitar “qualquer pressão ou coerção” sobre seu relacionamento com o país governado por Vladimir Putin, que havia visitado a China poucas semanas antes da invasão do território ucraniano por tropas russas.
O posicionamento chinês no conflito foi defendido pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, acrescentando que a nação asiática “fez esforços consideráveis para diminuir a situação, desarmar a crise e reconstruir a paz”. As declarações mantêm o posicionamento chinês desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia – parceiro estratégico de Pequim -, em 24 de fevereiro, como não se referir ao conflito como uma guerra. Os chineses também se mostraram contrários às sanções econômicas contra Moscou, além de se abster ou se posicionar ao lado dos russos em votações ocorridas na ONU desde o início da guerra.
“Nós nos opomos a acusações e suspeitas infundadas contra a China, nem aceitaremos qualquer pressão ou coerção. O tempo dirá que as alegações da China estão do lado certo da história”, declarou Zhao.
Ao mesmo tempo em que tenta aparentar uma posição de neutralidade e esforços pela paz, a China tem ampliado a propaganda russa a respeito da guerra, que incluem alegações não comprovadas de que armas biológicas estariam sendo desenvolvidas pela Ucrânia e Estados Unidos.