PF indicia Bolsonaro por peculato, lavagem e associação criminosa

Outras 11 pessoas foram indiciadas pelo episódio; suspeita é de que eles atuaram para desviar presentes de alto valor para serem vendidos


Por Agência Estado

04/07/2024 às 19h44

Jair Bolsonaro foto Marcelo Camargo Agencia Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência-Brasil

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas – revelado pelo Estadão em fevereiro de 2023. A corporação imputa ao ex-chefe do Executivo supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além de Bolsonaro foram indiciados: Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia – indiciado por peculato e associação criminosa; José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete de Bento Costa – indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa; Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal – indiciado por peculato, lavagem de dinheiro, crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária; Marcelo da Silva Vieira, capitão de corveta da reserva ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência Rio – peculato e associação criminosa; Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator – peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa; Frederick Wassef, advogado – lavagem de dinheiro e associação criminosa; Fabio Wajngarten, advogado – lavagem de dinheiro e associação criminosa; Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque – peculato e associação criminosa; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro – lavagem de dinheiro e associação criminosa; Mauro César Lourena Cid, general pai de Mauro Cid – lavagem de dinheiro e associação criminosa; Marcelo Costa Câmara, coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro – lavagem de dinheiro.

O indiciamento se dá na esteira da Operação Lucas 12:2, que apontou indícios de que Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens e outros dois assessores do ex-chefe do Executivo ‘atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior’.

Segundo a corporação, os dados analisados no bojo do inquérito indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência – responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao Presidente – ‘ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado, presentes de alto valor, mediante determinação’ de Bolsonaro.

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