EUA reconhece eficácia de droga no tratamento para Alzheimer

Progressão do Alzheimer foi atenuada em 60% dos casos da utilização do medicamento, principalmente de pacientes que estavam em estágio inicial da doença


Por Com informações da Agência Estado

11/06/2024 às 12h28- Atualizada 11/06/2024 às 12h31

Alzheimer
(Foto: Pexels)

A agência regulatória de alimentos e remédios dos Estados Unidos, a FDA, reconheceu a eficácia do novo tratamento do grupo farmacêutico americano Eli Lilly para Alzheimer, conhecido como Donanemab.

Em decisão anunciada nessa segunda-feira (10), os 11 integrantes do comitê consultivo de medicamentos para o sistema nervoso periférico e central da FDA votaram que evidências de testes clínicos apoiam a eficácia do tratamento da Eli Lilly para pacientes com Alzheimer.

Posteriormente, o comitê concluiu, de forma unânime, que os benefícios do Donanemab superam os riscos para os tipos de pacientes que a Lilly avaliou em seus testes. Uma decisão final a respeito da droga ainda não foi tomada. Contudo, a decisão dos especialistas no painel favorece que ela venha a ser aprovada pela agência.

Às 10h50 (de Brasília), a ação da Eli Lilly caía 1,2% em Nova York, revertendo ganhos de mais cedo nos negócios do pré-mercado.

Resultados do ensaio de Alzheimer 

Os dados apresentados à FDA são de um ensaio clínico com 1.736 pacientes com Alzheimer leve, na faixa etária de 60 a 85 anos. A progressão da doença foi atenuada em 60% dos casos da utilização do medicamento, principalmente de pacientes que estavam em estágio inicial da doença. O entendimento é que os benefícios para os pacientes que venham a utilizar a droga são maiores do que eventuais riscos associados.

Dentre os resultados positivos, houve ainda metade dos pacientes que conseguiu interromper o tratamento após um ano da ingestão da droga. O motivo é que os depósitos cerebrais de proteínas danosas ao organismo, que são origem do Alzheimer, reduziram. O estudo mostrou que os resultados mais significativos foram em pacientes de menor idade e com estágio menos avançado da doença.

Apesar dos benefícios, foram registrados os efeitos colaterais de inchaço cerebral (24% a 40% dos pacientes) e hemorragia cerebral (31%).

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