Setembro Verde: exame pode curar lesões pré-malignas
PUBLIEDITORIAL
Colonoscopia previne câncer colorretal, doença em crescimento no Brasil, com indicação para iniciar a prevenção a partir de 45 anos
Ao contrário de outros exames de rastreio, ideais para detectar o câncer em fase inicial, a colonoscopia ainda pode tratar lesões pré-cancerígenas, os chamados pólipos, no caso de câncer colorretal. Quem faz o alerta é o médico Lincoln Ferreira, gastroenterologista e especialista em Endoscopia Digestiva da Clínica Gedcenter. O chamado Setembro Verde é um mês de alerta para este tipo de câncer, mas a recomendação da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) é intensificar campanhas em outros períodos do ano. Isso porque, “diferente do Outubro Rosa, que já está instituído como lembrete anual da importância do check-up da saúde feminina, o câncer colorretal não têm recebido a mesma repercussão na população considerando a importância do diagnóstico precoce e da prevenção do câncer de intestino”, reforça.
Os cânceres de colon e reto são dos mais incidentes no Brasil. São o segundo mais frequente em mulheres, depois do de mama, e o terceiro nos homens, após o câncer de próstata e de pulmão. Mas, em todo o mundo, a recomendação para iniciar exame de prevenção passou a ser mais cedo, com realização da colonoscopia a partir dos 45 anos, devido à maior incidência de casos em pacientes mais jovens. “O câncer colorretal tem relação com o estilo de vida, tendo em vista que acomete na maioria das vezes pessoas com hábitos de consumo de carnes vermelhas e processadas, pouca ingestão de frutas, legumes e verduras, obesidade, sedentarismo e consumo de álcool e tabagismo. Entretanto, a predisposição genética também pode influenciar, por isso fique alerta: a prevenção é sempre o melhor remédio!”, lembra a também endoscopista da Gedcenter, Laura Ornellas. É bom frisar que, na fase inicial, o Câncer de Intestino geralmente não produz sintomas. O ideal é fazer colonoscopia a partir de 45 anos de idade, independentemente de sintomas ou de histórico familiar. E ainda, mais importante, nos casos em que parentes do paciente tenham sido diagnosticados com a doença, o rastreio deve começar dez anos antes do caso mais jovem na família.
Prevenção, indicações e sintomas
Uma das melhores maneiras de se fazer a prevenção é por meio da polipectomia (retirada de pólipos – lesões pré-cancerígenas), procedimento realizado durante a colonoscopia. O exame, que pode reduzir em mais de 50% a incidência de câncer, permite avaliação de todo intestino grosso através de uma câmera. Quando associado o índice de cura à velocidade com que é detectada a doença, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados na fase inicial ganham uma sobrevida de cinco anos. Essa porcentagem diminui à medida que o diagnóstico é feito em estágios mais avançados, chegando a 71% nos pacientes com metástases regionais e apenas 13% para aqueles com doença à distância (como no fígado e pulmões). Além da redução da mortalidade, pacientes diagnosticados precocemente não necessitam de tratamentos mais intensos e com efeitos colaterais, como radioterapia e quimioterapia, por exemplo.

Apesar de fatores genéticos contribuírem para o desenvolvimento do câncer colorretal, manter uma rotina saudável é fundamental na prevenção. Confira:
☑ Inclua alimentos ricos fibras na sua alimentação.
☑ Coma frutas e verduras todos os dias
☑ Reduza o consumo de carnes vermelhas e alimentos processados
☑ Evite o álcool
☑ Faça exercícios regulares
☑ Não fume
☑ Caso tenha mais de 45 anos, procure o seu médico e realize exames de prevenção
Atenção aos sinais de alarme:⠀
☑ Presença de sangue nas fezes.⠀
☑ Alteração do formato das fezes (fezes finas) ou do número de evacuações.⠀
☑ Dor no ânus ou sensação de evacuação incompleta.⠀
☑ Anemia, emagrecimento ou fraqueza, principalmente em pessoas com mais de 50 anos de idade, sem causa aparente.⠀
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Nem todo sangramento retal é causado por câncer. Sangramentos podem ocorrer em doenças benignas, como hemorroidas ou fissura do ânus. O essencial é que o médico deverá sempre ser consultado.
Muito além da Endoscopia e Colonoscopia

“O trato gastrointestinal tem uma grande variedade de exames desconhecida da maioria da população”, lembra a médica endoscopista Karla Cimino, também diretora da Clínica Gedcenter. O Brasil, em especial, tem grandes problemas de saúde nesta área, sendo o refluxo e a dispepsia (indigestão) doenças negligenciadas ou banalizadas. A automedicação, tão comum para estes casos, não só podem agravar doenças como prejudicar a saúde de forma geral.
Retossigmoidoscopia Flexível, Impedanciometria Esofágica, Manometria Anorretal, Manometria Esofágica, Tempo de Trânsito Colônico, Cápsula Endoscópica de Intestino Delgado, PHmetria Esofágica, Teste Respiratório com Hidrogênio Expirado são alguns exemplos destes exames disponíveis, que, bem indicados, são fundamentais para encontrar o tratamento mais adequado. Tratar a saúde gastrointestinal também é um alerta que vale em campanhas como a do Setembro Verde, aproveitando o momento de visitar o especialista no assunto, o gastroenterologista, alerta a médica.

Gedcenter Endoscopia Digestiva
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