Diagnóstico precoce do câncer de pele: um aliado para o tratamento

PUBLIEDITORIAL

Recomendação é que consultas com dermatologistas ocorram, ao menos, uma vez por ano


Por Tribuna

18/12/2024 às 08h22- Atualizada 18/12/2024 às 08h29

Ainda no leque de assuntos relacionados ao Dezembro Laranja – mês de conscientização acerca do câncer de pele – a Rádio Transamérica ouviu, nesta terça-feira (17), a dermatologista Laura Nalon, que contou como a busca ativa e a atual tecnologia dos equipamentos usados por médicos podem ser aliados para um tratamento precoce da doença.

Atualmente, o equipamento de videodermatoscopia, vem sendo uma ferramenta cada vez mais utilizada por médicos e facilitadora para pacientes – seja para a diagnóstico ou, em outros casos, para acompanhamento. Por meio dela, há uma transferência de imagem em tempo real de determinada lesão, pinta ou mancha da pele do pessoa para a tela de um computador, de forma ampliada, que aumenta a visualização e ainda tem como caráter não ser um procedimento invasivo.

“As tecnologias transformam o diagnóstico, porque trazem diagnósticos mais precoces. Esse exame analisa a pele e, por vezes, encontra critérios muito precoces da doença”, afirma Laura, que incentiva a busca ativa e a conscientização acerca da doença. A garantia mesmo, conforme ela explica, vem por meio  da biopsia, realizada em uma amostra do tecido da pessoa que é enviada ao laboratório. Em caso de confirmação, existem pelo menos três grupos de câncer de pele, o carcinoma basocelular (CBC), que costuma ser o mais comum, o carcinoma espinocelular (CEC) que é o segundo com mais incidência e por fim o melanoma, o mais grave entre eles e que costuma ter como característica a pigmentação anormal de determinada pinta.

Além da exposição excessiva ao sol, outros fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele foram indicados pela dermatologista. Conforme explicou Laura, pacientes com histórico familiar de câncer, aqueles que possuem muitas pintas pelo corpo ou que sejam muito brancos correm mais risco de serem diagnosticados com melanoma.

No caso de pessoas que possuem muitas pintas, a necessidade do acompanhamento regular aumenta, principalmente se aliado a videodermatoscopia – que junto ao trabalho do dermatologista, serve como uma análise comparativa. No caso de manchas de senilidade, o principal impacto costuma ser cosmético e não apresentar demais problemas, embora existam melanomas que podem ser identificados a partir dessas manchas.

A recomendado a população em geral é consultar, ao menos uma vez por ano, com um profissional da área. Em alguns casos, o monitoramento deve ser feito dentro de um período mais curto, que pode variar e ir para consultas semestrais.

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