Rumo ao Brasil, Kia Rio sedã é testado no Chile
Em abril de 2017, a Kia apresentou a quarta geração de seu sedã compacto Rio, a variante de quatro portas e três volumes do hatchback Rio, que estreou alguns meses antes. Ambos são produzidos no México – de onde serão importados para o Brasil a partir do ano que vem -, apresentam um design mais conservador e oferecem uma melhor qualidade de interior. A mesma fábrica produz as unidades enviadas para o mercado norte-americano, o que sugere que o Rio latino-americano venha com a máxima qualidade construtiva oferecida pela Kia.
O Rio sedã tem 4,38 metros de comprimento, o que significa que está 14 centímetros maior que o modelo anterior. Mesmo assim, a distância entre-eixos segue em 2,58 metros. O porta-malas carrega 505 litros, medida que se destaca entre os três volumes compactos. A nova plataforma é mais leve e foi construída com 50% de aços de alta resistência, o que melhora a rigidez estrutural e, portanto, também a qualidade do manuseio. Além disso, a marca investiu no aprimoramento do isolamento acústico.
O modelo ganhou central multimídia com tela de 5 polegadas, mas que em termos de conectividade só oferece Bluetooth – nada de Apple CarPlay ou Android Auto. Surpreende o fato de que a carroceria hatch do Rio tem equipamento com 7 polegadas e sensível ao toque, alinhada à concorrência do segmento.
No Chile, o sedã é comercializado com motor 1.4 a gasolina de quatro cilindros com 99 cv de potência e câmbio manual ou automático de seis velocidades. No Brasil, no entanto, ele chegará com o mesmo propulsor que hoje equipa as versões 1.6 da linha HB20 da Hyundai, com 128 cv e 16,5 kgfm de torque. A transmissão também pode ser automática e manual, com seis marchas. A expectativa é de que venham três versões de acabamento para a linha. (Colaborou Márcio Maio/Auto Press)
Primeiras impressões
Apesar de se tratar de um sedã compacto, quatro pessoas podem se acomodar de forma confortável no Kia Rio. Mas os mais altos podem bater a cabeça no teto, já que o espaço nessa área não é tão bom. O motor 1.4 adotado no Chile parece pequeno, mas é mais do que correto para mover o modelo no dia a dia. É claro que não há um arroubo de força, mas o propulsor entrega agilidade suficiente para se movimentar na cidade e até em subidas.
Na questão do consumo, a Kia nunca chegou a ser uma referência. Durante a avaliação, foi constatada a média de 11 km/l em ciclo misto com gasolina. Não chega a ser ruim, mas há sedãs compactos mais eficientes no mercado. Um dos pontos de maior destaque nessa nova geração do Rio é o isolamento acústico. Ele amplia o conforto em relação à geração anterior. Além disso, a suspensão foi calibrada para priorizar o bem-estar dos passageiros e amortece bem os desníveis do solo. Por outro lado, é firme o suficiente para garantir a estabilidade do carro em uma tocada mais enérgica – na medida do possível, porque suas especificações técnicas não oferecem grande diversão.