Receita convoca todos os aprovados no último concurso
Com reforço de pessoal, Governo quer melhorar a arrecadação, equilibrar as contas e cumprir as regras fiscais
A Receita Federal anunciou na terça-feira (24), a convocação de todos os 1.217 aprovados no mais recente concurso de auditores e analistas. O reforço na fiscalização está em sintonia com os esforços do Ministério da Fazenda para melhorar a arrecadação, equilibrar as contas e cumprir as regras fiscais, ante a desconfiança do mercado financeiro em relação às contas do governo.
Na divulgação, a Receita destaca que os “investimentos históricos em pessoal e infraestrutura” seguem a orientação do ministro Fernando Haddad, “de promover o fortalecimento da Receita Federal, reconhecendo-a como instituição essencial para o desenvolvimento social e econômico do país”.
O Governo definiu a convocação dos aprovados no concurso como “o maior investimento da Receita Federal na recomposição dos seus quadros em mais de uma década”. O anúncio foi feito pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação, José Lopez Feijóo, acompanhados dos presidentes dos sindicatos dos auditores fiscais e dos analistas tributários, Isac Falcão e Thales Freitas.
A Receita informou que os 1.217 agentes convocados “se dedicarão prioritariamente a orientar e atender os contribuintes, dentro da nova visão da Receita Federal, voltada à conformidade tributária, além de reforçar os trabalhos de inteligência e a proteção das fronteiras brasileiras”.
O secretário da Receita salientou que o reforço no número de auditores e analistas é em quase 10%. O último concurso da Receita foi em 2014, quando apenas 278 auditores fiscais foram contratados.
A Receita também destacou que, nos dois primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, tem realizado investimentos “recordes”, superiores a R$ 400 milhões. Destacou “aquisições estratégicas”, como a primeira aeronave própria da Receita para ações de inteligência e repressão, drones e equipamentos de segurança, além de constar do plano de investimento a aquisição de novas lanchas e aeronaves de menor porte para complementar a estratégia de atuação nacional.