Semipresidencialismo tem que ser discutido com a sociedade, diz cientista político

Por Paulo Cesar Magella

O semipresidencialismo, outra agenda em pauta no Congresso Nacional tem um futuro incerto por conta da necessidade de realização de um plebiscito para sua implementação. A despeito de algumas vantagens, ele, como o parlamentarismo, não tem a simpatia do brasileiro. As experiências vividas foram efêmeras, como ocorreu no início da década de 1960, quando Tancredo Neves, para garantir a governabilidade de João Goulart, tornou-se primeiro ministro. A experiência durou pouco. Em outros momentos, a população, por maioria, rejeitou a repetição da ideia.

Proposta é antagônica ao distritão, que a Câmara Federal discute ainda este ano

Durante sua participação no Pequeno Expediente, da Rádio Transamérica Juiz de Fora, o cientista político Rubem Barboza voltou a alertar que o semipresidencialismo também é uma pauta que deve ser discutida com a sociedade, sobretudo por sua relevância. Hoje, que tem a pretensão de votar para presidente em Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula, certamente será contra esse modelo. Ademais, para Rubem Barboza há incoerência nas discussões, pois se for mantido o distritão, o semipresidencialismo vai para o espaço ante a redução de forças dos partidos. “São questões antagônicas, pois cria-se mais um problema para o sistema representativo”, destacou.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected] [email protected]

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