Os novos dados da Pesquisa Genial/Quaest apontam para um eleitor cansado da polarização entre o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando perguntados se Lula deveria disputar a reeleição, 62% dos entrevistados disseram não, enquanto apenas 32% entendem que o presidente deve se apresentar de novo. Apenas 2% não responderam ou não souberam responder.
Bolsonaro deveria apoiar outro candidato de direita?
A outra pergunta consolida a primeira: Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura e apoiar outro candidato? Entre os entrevistados, 65% disseram sim, enquanto26% entendem que ele, mesmo inelegível no momento, deveria manter a candidatura. Não souberam ou não responderam foram 9%.
Governador São Paulo e ex-primeira-dama lideram as intenções de voto
Os pesquisadores foram, então, para outro cenário. Se Bolsonaro não for candidato, quem deveria ser o candidato da direita? O nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sai na frente, com 17%, mas tem um empate mais do que técnico com a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL). Ela tem a preferência de 16% dos entrevistados. Na sequência, aparecem o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 11%; o influenciador Pablo Marçal, 7%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 5%; o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), com 4%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), com 4%, e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), com 3%. Apenas 2% preferem outra opção, enquanto 16% rejeitam todas as opções. Não souberam ou não responderam foram 15%.
Eleitor teme volta de Bolsonaro e continuidade de Lula
O cansaço com a polarização também se apresenta numa pergunta incomum em pesquisas: Você tem medo de Bolsonaro voltar ou Lula continuar? 45% temem a volta do ex-presidente, enquanto 40% temem que Lula continue na presidência.
Zema tem o desafio de estar atrás na corrida eleitoral
O governador Romeu Zema, que deve anunciar sua candidatura à presidência já em setembro próximo – de acordo com o colunista de “O Globo”, Lauro Jardim -, terá que implementar uma campanha que vá além da polarização contra o presidente Lula. Com apenas 3% de preferência entre os eleitores de direita, tem adversários que estão bem à frente. Ele, no entanto, deve lembrar de situação semelhante, quando disputou o Governo de Minas. Tinha menos de 1% das intenções de voto no início da campanha e acabou derrotando o governador Fernando Pimentel (PT), que, aliás, sequer chegou ao segundo turno.
