Depende de Brasília
As definições municipais estão na dependência dos acontecimentos de Brasília, uma vez que alianças estão sendo formadas e desfeitas, como é o caso do PMDB e o PT, aliados formais durante os últimos mandatos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff, e a reaproximação peemedebista com os tucanos. Se, até bem pouco tempo, era impossível imaginar uma dobradinha do PMDB do prefeito Bruno Siqueira com os tucanos, hoje, ela é factível, embora ainda restem alguns passos a ser dados. O PSDB tem na aliança o seu único caminho, pois, desde a saída do prefeito Custódio Mattos, em 2012, não construiu nenhuma candidatura para voltar às urnas em 2016. O nome mais provável seria do vereador Rodrigo Mattos, presidente do diretório, mas ele, desde o ano passado, já havia avisado que sua meta é a reeleição. O cenário mais provável é indicar um vice na chapa de Bruno tendo o coronel da reserva, Ronaldo Nazareth, como o nome mais provável.
Definições
O cenário influencia também outros entendimentos. O prefeito Bruno Siqueira ainda tem abertos postos estratégicos no Governo, como a Secretaria de Esporte, ora ocupada interinamente pelo secretário de Comunicação, Michael Guedes. Ela pode ser discutida com eventuais aliados na campanha municipal. Entre os petistas, a deputada Margarida Salomão continua sendo a aposta, mas, hoje, ela está envolvida de corpo e alma nos afazeres de Brasília, na resistência ao projeto de impeachment da presidente Dilma, embora a discussão na Câmara já tenha sido esgotada.
Montadora
O deputado Isauro Calais pediu audiência ao governador Fernando Pimentel para tratar exclusivamente da situação da Mercedes-Benz em Juiz de Fora. Antes, ele esteve reunido com o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Olavo Machado Júnior, a quem adiantou a questão. O presidente da Fiemg, segundo o parlamentar, achou a iniciativa importante e assegurou sua participação na audiência, da qual também deverão participar o prefeito Bruno Siqueira, representantes da Câmara e diretores da indústria. A data, no entanto, ainda não está definida.
Jogadas de risco
A decisão de vários vereadores de mudar de partido, na busca de áreas de conforto em seus projetos de reeleição, pode ter sido um passo em falso. Na avaliação de analistas, não se levou em conta o potencial das legendas e, muito menos, da concorrência. O caso mais emblemático é do PSC, agora com quatro vereadores – José Emanuel, André Mariano, Vagner Oliveira e Oliveira Tresse. No entendimento desses observadores, é quase impossível para qualquer legenda eleger quatro representantes de uma só vez. Desse jeito, alguém deve ficar nesse caminho na contagem dos votos, mesmo a legenda tendo expressiva votação. A situação se repete em outras siglas, principalmente aquelas sem cabeça de chapa para prefeito. Embora as votações sejam distintas, quando se tem um candidato a prefeito, a captura de votos torna-se mais fácil até para a Câmara Municipal.