Embora os nĂșmeros da economia sejam positivos, o Mercado continua cĂ©tico em relação ao Governo Lula. Em mais uma rodada de pesquisa Genial/Quaest, ficou constatado que a avaliação do Governo Lula piorou no setor: saiu de 47% para 52% (mais cinco pontos percentuais) a avaliação negativa e de 12% para 9% (menos trĂȘs pontos percentuais) a avaliação positiva. TambĂ©m cresceu o pessimismo com a economia: saltou de 34% para 55% (21 pontos percentuais) quem espera que a economia piore no prĂłximo ano, enquanto caiu de 36% para 21% (menos 15 pontos percentuais) quem espera que a economia vai melhorar. De acordo com o coordenador da pesquisa, Felipe Nunes, “a principal razĂŁo para esse pessimismo estĂĄ na falta de uma polĂtica fiscal que funcione (77%). Ou seja, o mercado nĂŁo acredita que o arcabouço votado, aprovado e sancionado esteja de fato funcionando. Em setembro, o mercado jĂĄ nĂŁo acreditava que o Governo iria conseguir zerar o dĂ©ficit em 2024 (95%), mas depois que o Governo passou a discutir em pĂșblico as dificuldades de se chegar nesta meta, o mercado piorou sua avaliação (100%)”. Os dados apontam que a maior parte do setor financeiro jĂĄ trabalha com uma nova meta de dĂ©ficit fixada em 0.5%. A minoria (20%) ainda acredita que o Governo mantenha a meta de dĂ©ficit zero. Mas quase 20% acham que o dĂ©ficit chegue a 0.75%.
Haddad continua prestigiado, mas pesquisa Genial/Quaest aponta que ele estĂĄ pagando a conta do Governo
A pesquisa Genial/Quaest contatou ainda que quem pagou o preço mais alto foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embora sua avaliação continue muito melhor do que a avaliação do Governo (43% positiva x 9% positiva no caso do Governo), ela vem caindo ao longo do segundo semestre. Os pesquisadores apuraram tambĂ©m que “a vantagem que Haddad ainda tem estĂĄ na força que o mercado ainda vĂȘ nele. Metade dos entrevistados acredita que sua força nĂŁo mudou, mesmo depois do debate sobre a meta. Outros 12% que acham que ele se fortaleceu. Ou seja, 61% do mercado ainda acredita em seu poder.”