Para cientista político, PSDB não tem mais salvação

Por Paulo Cesar Magella

As eleições do dia 2 de outubro definiram os atores do segundo turno, as bancadas do Congresso e das assembleias, mas também deixaram lições para os muitos partidos políticos. Alguns deles com um recado explícito do eleitor, como foi o caso do PSDB. O partido, que já ocupou a presidência em dois mandatos de Fernando Henrique e três vezes o Governo de Minas com Eduardo Azeredo, Aécio Neves e Antônio Anastasia, mingou nas urnas. Na avaliação do cientista político, Rubem Barboza, “o PSDB não tem mais salvação. Morreu”

Virada à direita alterou propósitos do partido

No entendimento do professor, mesmo diante de uma possível vitória no Rio Grande do Sul, com Eduardo Leite, o PSDB, como partido nacional saiu de cena. “Não existe mais”. Para ele, o afastamento da inspiração social democrata de origem foi uma das causas. “O partido foi aceitando determinados políticos em seus quadros e adotou pautas problemáticas, com seus deputados passando a votar com o presidente Bolsonaro”. A guinada, de acordo com Rubem Barboza, foi um problema e o partido assumiu a pecha de direita colocada pelo PT.

Novo também tem que repensar seu projeto

O cientista político observou que o Partido Novo, que também teve um desempenho aquém das expectativas a despeito de ter conseguido a reeleição do governador Romeu Zema, deve ficar atento, sobretudo pela perspectiva de ação de não usar recursos do fundo eleitoral e elaborar concurso para preenchimento de postos com base na meritocracia. Para Rubem, essa não é a perspectiva da política. “O partido foi reprovado de forma contundente pela sociedade. Tem que repensar. O Novo está indo para a direita e será engolido pela máquina de Bolsonaro, que é muito mais forte do que ele”. No seu entendimento, a postura do ex-presidente do partido, João Amoêdo, foi emblemática.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também