Prefeita Margarida Salomão comemora vitória de Girlene Alves para a reitoria

Para Margarida Salomão, a ascensão de uma mulher ao comando da Universidade tem que ser celebrada, pois é uma experiência que se repete após o seu mandato na UFJF

Por Paulo Cesar Magella

Terminada a apuração dos votos para a reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora, e confirmada a vitória da chapa encabeçada pela professora Girlene Alves, a prefeita Margarida Salomão foi às redes sociais para enfatizar “o orgulho de ver a UFJF novamente dirigida por uma mulher”. De fato, Girlene é a segunda mulher a dirigir a instituição, nos seus mais de 60 anos – a primeira foi a própria Margarida -, e deve assumir para um mandato de três anos com direito a reeleição. Mas a comemoração da prefeita tinha também outros propósitos. A futura reitora faz parte do grupo inaugurado pela própria Margarida, eleita para o primeiro mandato, em 1998 e que, com a reeleição, permaneceu até 2006.

Grupo deve se manter unido apesar da dissidência de Lyderson Viccini

Encerrada a gestão Henrique Duque, o grupo liderado por Margarida voltou à cena acadêmica com a vitória do professor Marcus David, tendo a professora Girlene como vice-reitora. Foram oito anos de atuação que devem continuar ante a possibilidade de não ocorrer mudanças substanciais na equipe. Uma das mudanças, aliás, ocorreu no curso da pré-campanha, quando o professor Lyderson Viccini, segundo colocado na consulta pública, apresentou sua candidatura. Ele fazia parte da equipe e foi para o páreo como dissidente.

Futuro do reitor Marcus David entra na agenda política

Tão logo deixou a Universidade, Margarida voltou-se para a instância política, embora já tivesse ocupado a secretária de Administração no primeiro mandato do prefeito Tarcísio Delgado. Ao curso dos últimos anos, foi deputada federal e eleita prefeita em 2018, após ter participado de quatro disputas. A questão, agora, passa pelo reitor Marcus David. Irá para a política já nas eleições de 2024 ou tem outros projetos? Entre as muitas especulações, aponta-se até mesmo a possibilidade de ser ele o vice na chapa de reeleição de Margarida. No entanto, sabe-se que vice é um posto fruto de articulações políticas no processo de alianças e Davi não traria consigo, pelo menos numa primeira etapa, nenhuma legenda para engrossar o apoio a Margarida. Por outro lado, tem a vantagem de, exatamente por isso, ser um nome sem resistência, podendo receber aprovação de todos os eventuais aliados.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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