Cientista polĂ­tico adverte para o uso indevido da InteligĂȘncia Artificial

Para Paulo Roberto Figueira, a InteligĂȘncia Artificial Ă© um avanço, mas pode ser utilizada indevidamente na campanha eleitoral

Por Paulo Cesar Magella

A atualização da InteligĂȘncia Artificial, motivo de discussĂŁo em vĂĄrias instĂąncias, chega ao espaço polĂ­tico como uma nova oportunidade e, ao mesmo tempo, de risco. O cientista polĂ­tico Paulo Roberto Figueira nĂŁo esconde sua preocupação com o uso da ferramenta para fins nĂŁo republicanos. Em entrevista Ă  RĂĄdio TransamĂ©rica, no programa “Tribuna no Ar”, ele destacou que hĂĄ um grande risco que essa seja a primeira eleição com uma sofisticação tecnolĂłgica que posse levar a um processo eleitoral inundado por informaçÔes falsas e difĂ­ceis de serem identificadas. “Estamos diante de um cenĂĄrio em que a linha fina que separa o que Ă© uma mentira ou que Ă© uma verdade fica ainda mais difĂ­cil de identificar do que em outros perĂ­odos”, alertou.

InteligĂȘncia Artificial pode ter influĂȘncia na definição do voto

O professor Paulo Roberto observa que nĂŁo Ă© novidade o uso da mentira como ferramenta eleitoral, mas chamou a atenção para a possibilidade de manipulação de imagens e sons para milhĂ”es de pessoas que usam as redes sociais. Tal fato pode influenciar na sua decisĂŁo. Ele aposta no trabalho da Justiça Eleitoral, “mas hĂĄ uma zona de incerteza em torno de tal eficĂĄcia.

Regular não é censura e nem é para impedir a circulação de informação

Como muitos observadores, Paulo Roberto Figueira acompanha os debates que tratam da regulação, a qual considera inevitĂĄvel. “No mundo inteiro a discussĂŁo Ă© como impedir que um oligopĂłlio transnacional, concentrado em pouquĂ­ssimas empresas, se apodere de informaçÔes que as pessoas utilizam sem qualquer controle. A ideia de regular nĂŁo Ă© censurar, nĂŁo Ă© impedir a circulação de informaçÔes. O propĂłsito Ă© nĂŁo deixar que variĂĄveis que vamos deixando em nossas navegaçÔes em rede sejam usadas polĂ­tica e economicamente por um conjunto de empresas sem controle, Ă  revelia dos interesses da sociedade.”

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, jĂĄ tendo exercido as funçÔes de editor de polĂ­tica, editor de economia, secretĂĄrio de redação e, desde 1995, editor geral. AlĂ©m de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. TambĂ©m sou radialista Meus hobbies sĂŁo leitura, gastronomia - nĂŁo como frango, pasmem - esportes (Flamengo atĂ© morrer), encontro com amigos, de preferĂȘncia nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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