Em carta aberta, Pestana pede união de partidos para criação de polo democrático e progressista

Por Paulo Cesar Magella

Em carta aberta aos partidos PSDB – do qual é um dos fundadores – Cidadania, PSB, PDT e Solidariedade, o ex-deputado Marcus Pestana defendeu a retomada de conversações para implementação do que ele classifica como um novo polo democrático e progressista, “que evolua progressivamente de um bloco político-parlamentar – com 54 deputados federais, 10 senadores, um vice-presidente da República e 7 governadores – para uma federação partidária, e daí, para uma possível futura fusão, gerando um partido renovado, que recicle as boas tradições do trabalhismo, da socialdemocracia e do socialismo democrático, superando anacronismos e projetando um Brasil que resgate a dignidade e a esperança dos brasileiros”.

No mesmo documento, Pestana faz uma avaliação do cenário político e chama a atenção para um mundo complexo, desafiador e turbulento. A globalização, redimensionada pela pandemia e as novas ferramentas do mundo digital – o que envolve inteligência artificial, engenharia genética, criptomoedas e fluxos financeiros instantâneos – além de movimentos como pós-guerra fria, testada pela invasão da Ucrânia, consistem em desafios a serem enfrentados.

O Brasil, no entendimento de Pestana, “parece patinar em suas escolhas, adiando soluções, perdendo oportunidades, adotando retrocessos. Nós, que lutamos pela redemocratização, imaginávamos que, conquistada a liberdade, as soluções naturalmente seriam construídas. Hoje, ao olharmos o Brasil do século XXI, temos a nítida percepção de um copo meio cheio, meio vazio. Uma travessia incompleta e cheia de lacunas”. Finaliza advertindo que “a reorganização da centro-esquerda, mais do que um desejo, é uma necessidade histórica e uma exigência da realidade. Isso se valores, ideias, objetivos estratégicos, princípios, história e coerência ainda fizerem sentido na política brasileira. Está em nossas mãos!”

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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