Vereadores aceleram a troca de partidos

PSB aumenta sua representação na Câmara mas também se articula para a disputa da Prefeitura

Por Paulo Cesar Magella

Faltando mais de um ano para as eleições municipais, a Câmara Municipal deverá passar por um robusto processo de mudanças partidárias, muitas delas em decorrência de estratégias pessoais ou das legendas para garantir a representação na próxima legislatura. Há, é fato, outros interesses. Os holofotes, agora, estão voltados para o PSB, que ganhou a assinatura do deputado Noraldino Júnior, na última quarta-feira, em Brasília, na presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e pode se transformar na maior bancada na Câmara Municipal se forem confirmadas as filiações dos vereadores Maurício Delgado e Bejani Júnior.

As conversas já aconteceram e ambos têm mostrado disposição para a mudança, o que reforça nos bastidores da própria Câmara a indagação: como eleger os quatro para o próximo mandato ante a natural disputa interna que se acentua no período de campanha? Embora o quociente eleitoral vá cair, em decorrência do aumento de vagas na Câmara, de 19 para 23, a média, mesmo que despenque para 10 mil votos, vai exigir um forte desempenho da legenda para renovar o mandato dos atuais vereadores.

E aí surge um outro detalhe que perpassa as articulações. O PSB tem, de fato, a tese de quanto mais puxadores de votos, melhor, mas também há um dado paralelo: a expectativa de pelo menos um dos membros da bancada ser vice numa chapa majoritária, preferencialmente da prefeita Margarida Salomão ou de alguma legenda com forte impulso eleitoral. O vereador Maurício Delgado já disse, em mais de uma vez, que não pretende renovar o mandato na Câmara, mas Cido Reis também não esconde o interesse de mudar de patamar e ir para uma disputa majoritária.

O PSB pode até pensar numa candidatura própria, embora vários fatores estejam em jogo. O ex-deputado Júlio Delgado, numa recente reunião com militantes – a maioria próxima ao seu pai, o ex-prefeito Tarcísio Delgado -, voltou a dizer que vai disputar a prefeitura, mas sabe que não terá chances se continuar filiado ao PV, partido que está na federação com o PT e o PcdoB. Ele admite um retorno ao PSB, partido pelo qual foi líder em vários mandatos na Câmara Federal.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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